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Conab recebe reforço de R$ 350 milhões para regular preços de alimentos

Conab busca recompor estoques de alimentos com reforço orçamentário, visando controlar a inflação e garantir a segurança alimentar, mas especialistas divergem sobre a eficácia da medida.
Conab recebe incentivo pra combater alta do preço dos alimentos.
Foto: Divulgação/Conab

Com o objetivo de controlar a inflação e garantir a segurança alimentar, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) receberá um reforço de R$ 350 milhões em seu orçamento para 2025, destinados à formação de estoques reguladores de arroz, feijão e milho. A medida, anunciada em um contexto de alta nos preços dos alimentos, busca estabilizar o abastecimento interno e proteger tanto produtores quanto consumidores.

Recomposição de Estoques e Segurança Alimentar

O presidente da Conab, Edegar Pretto, informou que o aporte elevará o orçamento total para R$ 539,9 milhões, caso haja queda nos preços, um aumento significativo em relação aos R$ 124 milhões investidos em 2024. A recomposição dos estoques, zerados em administrações anteriores, é vista como crucial para mitigar oscilações de preço e preparar o país para garantir o abastecimento, especialmente diante da volatilidade do mercado internacional.

Edegar Pretto, presidente da Conab falou mais sobre o tema ao DCM:

Desafios e Perspectivas

Apesar da medida ser considerada positiva para conter a alta de preço dos alimentos, especialistas como Mauricio Andrade Weiss, da UFRGS, alertam que a recomposição dos estoques é um processo lento, dificultado pelos altos preços internacionais e pela necessidade de reconstruir a infraestrutura de armazenamento, que foi comprometida nos últimos anos. A Conab, por sua vez, planeja ampliar sua capacidade de armazenamento em 33% através de um acordo com o BNDES.

Alternativas e Críticas

Economistas como Henrique Morrone, também da UFRGS, defendem investimentos em infraestrutura de transporte e cotas de exportação como medidas mais eficazes a longo prazo. Antonio da Luz, da Farsul, e Felippe Serigati, da FGV Agro, questionam a efetividade da medida no controle da inflação, argumentando que os preços ao produtor e ao consumidor são distintos e que o seguro rural poderia ser uma alternativa mais eficiente para garantir a estabilidade da produção.

A companhia também divulgou o preço mínimo da safra 2025/26 de café, laranja, sisal e trigo.

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