A venda de imóveis novos atingiu um crescimento de 12% em 2024, totalizando 186,5 mil unidades comercializadas, segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Esse desempenho representa o maior volume registrado nos últimos dez anos, impulsionado pelo fortalecimento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e pela demanda crescente por moradia.
Expansão no mercado imobiliário
A venda de imóveis novos apresentou crescimento expressivo em todas as categorias do setor. No segmento do Minha Casa, Minha Vida, as vendas aumentaram 13,1%, somando 136,7 mil unidades, o que representa 73,3% do total comercializado em 2024. Já nos imóveis de médio e alto padrão, o avanço foi mais tímido, com uma variação positiva de 1,3%.
Os lançamentos imobiliários também acompanharam esse crescimento, com um aumento de 21,9% no volume total, alcançando 150,2 mil novas unidades. No caso do MCMV, os lançamentos subiram 25,2%, enquanto no segmento de médio e alto padrão, houve um acréscimo de 21,4%.
Fatores impulsionadores da venda de imóveis novos
Entre os fatores que explicam o crescimento da venda de imóveis novos, estão:
- Expansão do crédito imobiliário para financiamentos habitacionais;
- Redução da oferta de imóveis disponíveis no mercado, acelerando as vendas;
- Crescimento do setor de construção civil, incentivado por políticas governamentais;
- Mudanças demográficas, com aumento do número de compradores na faixa etária entre 35 e 40 anos;
- Valorização dos aluguéis, tornando a aquisição de um imóvel uma alternativa mais atrativa.
Além disso, a queda no prazo médio para esgotamento dos estoques reflete a alta demanda do setor. No caso dos imóveis de médio e alto padrão, o tempo de venda caiu para 13 meses, contra 18,4 meses em 2023. Já no MCMV, esse período foi reduzido para 9,8 meses.
Perspectivas para o mercado imobiliário em 2025
Especialistas do setor apontam que a venda de imóveis novos pode continuar em crescimento nos próximos anos, desde que o crédito habitacional se mantenha acessível e a demanda permaneça aquecida. No entanto, desafios como juros elevados e dificuldades no acesso ao financiamento podem impactar o desempenho do setor.
A Abrainc e outras entidades do mercado imobiliário seguem monitorando as tendências e buscando medidas para manter o ritmo positivo da venda de imóveis novos, garantindo a sustentabilidade do crescimento e novas oportunidades para investidores e compradores.
Com um cenário favorável e incentivos ao setor de incorporação imobiliária, a expectativa é que a construção de novas unidades habitacionais continue impulsionando a economia, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento do país.