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Juro médio bancário chega a 42,3% ao ano em janeiro

Em janeiro de 2025, a taxa média de juros no Brasil subiu para 42,3% ao ano, afetando o crédito para pessoas físicas e empresas. O saldo das operações se manteve estável, exigindo cautela financeira.
Juro médio bancário chega a 42,3% ao ano em janeiro
Juro médio bancário chega a 42,3% ao ano em janeiro. (Imagem: Pexels)

Juro médio bancário chega a 42,3% ao ano em janeiro. A taxa média de juros cobrados pelos bancos em operações de crédito livre atingiu 42,3% ao ano, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) no relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito.

Aumento do juro médio bancário cobrados pelos bancos

Primeiramente, esse índice representa um acréscimo de 1,6 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 4,6 pontos percentuais em comparação a janeiro de 2024.

Para as pessoas físicas, o custo médio do crédito alcançou 53,9% ao ano, registrando um aumento de 0,8 ponto percentual no mês e 1,6 ponto percentual em 12 meses. Além disso, para as empresas, a taxa média subiu para 24,2% ao ano, com elevação de 2,5 pontos percentuais no mês e 1,7 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fatores que influenciaram o aumento do juro médio bancário em janeiro

O juro médio bancário em janeiro foi impactado por diversos fatores que variaram entre operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas. A seguir, confira os principais motivos para a alta registrada em janeiro:

Para pessoas físicas:

  • Crédito pessoal não consignado: Houve um aumento nas taxas médias cobradas por esse tipo de empréstimo, que normalmente já possui juros elevados devido ao maior risco de inadimplência.
  • Cartão de crédito rotativo: A participação desse tipo de operação na composição da taxa média de juros aumentou, puxando a média para cima. O crédito rotativo é um dos mais caros do mercado.
  • Financiamento de veículos: As taxas para essa modalidade subiram, refletindo tanto no encarecimento do crédito quanto na cautela dos consumidores ao buscar financiamento.

Para empresas:

  • Cartão de crédito rotativo: Assim como no caso das pessoas físicas, as taxas médias cobradas das empresas também subiram, aumentando o custo do crédito de curto prazo.
  • Capital de giro de curto prazo (até 365 dias): O custo do crédito para empresas que precisam de recursos para manter suas operações diárias se tornou mais elevado. Assim, há impacto principalmente nos pequenos negócios.
  • Capital de giro de longo prazo (acima de 365 dias): Ademais, empresas que buscam crédito para investimentos ou expansão também enfrentaram aumento nos juros. Dessa forma, tornando o planejamento financeiro mais desafiador.

Estabilidade no saldo das operações de crédito impacta juro médio bancário

Em janeiro de 2025, o saldo total das operações de crédito no Brasil permaneceu estável, somando R$ 6,5 trilhões.

  • Pessoas físicas: O saldo aumentou 1,2%, alcançando R$ 4 trilhões, impulsionado pela demanda por crédito pessoal, como empréstimos e financiamentos.
  • Empresas: O saldo caiu 1,8%, para R$ 2,5 trilhões, refletindo a cautela diante dos juros mais altos, especialmente entre as pequenas e médias empresas.

Apesar das taxas elevadas, as famílias mantiveram a busca por crédito, enquanto as empresas reduziram a tomada de empréstimos.

Entenda mais do papel do Banco Central na economia brasileira

Para entender melhor o impacto das taxas de juros e as decisões econômicas no Brasil, é fundamental conhecer o papel do Banco Central. Neste vídeo, explica-se como a instituição atua na regulação da economia, controlando a inflação, as taxas de juros e garantindo a estabilidade financeira do país.

Crescimento do crédito em 12 meses

Em 12 meses, o crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) cresceu 11,7%, ante 11,5% do mês anterior. Os saldos de crédito às empresas e às famílias registraram aceleração, com avanços de 10,2% e 12,7%, respectivamente, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O aumento das taxas de juros pode afetar o orçamento das famílias e a capacidade de investimento das empresas, já que o custo do crédito se torna mais elevado. Para as famílias, isso pode resultar em parcelas mais altas e maior dificuldade em administrar dívidas, enquanto as empresas podem enfrentar custos maiores para financiar suas operações ou realizar novos investimentos.

Diante desse cenário, é importante que tanto consumidores quanto empresários analisem cuidadosamente as condições de crédito oferecidas pelas instituições financeiras. Assim, avaliar alternativas de financiamento com taxas mais competitivas pode ajudar a reduzir o impacto das altas taxas de juros nas finanças pessoais e empresariais.

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