O governo de Minas Gerais encaminhou à Assembleia Legislativa um projeto de lei visando à privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Essa iniciativa integra um conjunto de medidas destinadas a reequilibrar as finanças estaduais, que também inclui a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Posicionamento de lideranças políticas
Fernando Passalio, atual presidente da Copasa, manifestou-se favorável à privatização, considerando-a um possível avanço para a empresa e para o estado. Ele enfatizou a importância de cumprir as metas de universalização do saneamento e de aprimorar a qualidade dos serviços prestados.
Governo de Minas protocola proposta de privatização da Cemig e Copasa
O vídeo a seguir traz o momento em que o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, protocolou oficialmente a proposta de privatização da Cemig e da Copasa na Assembleia Legislativa.
Impactos econômicos potenciais
A privatização da Copasa pode acarretar diversos efeitos na economia mineira:
- Investimentos em infraestrutura: A expectativa é que a iniciativa privada aporte recursos significativos para expandir e modernizar os serviços de saneamento, contribuindo para a universalização do acesso.
- Geração de empregos: Projetos de expansão e melhoria dos serviços podem criar novas oportunidades de trabalho no setor.
- Eficiência operacional: A gestão privada tende a implementar práticas mais eficientes, potencializando a qualidade dos serviços e a satisfação dos usuários.
- Arrecadação fiscal: Ademais, a venda de ativos e a consequente geração de receitas podem aliviar a dívida pública estadual, permitindo maior investimento em outras áreas essenciais.
Opinião da população acerca da privatização é contrária
Embora apresente potencial para avanços no setor de saneamento e na economia do estado, é fundamental que o processo seja conduzido com transparência e que assegure os direitos dos trabalhadores e a continuidade da qualidade dos serviços prestados à população.
No entanto, uma pesquisa recente da Quaest mostra que a maioria dos mineiros é contra a privatização da Copasa, principalmente devido à preocupação de que a privatização leve à redução da qualidade dos serviços e ao aumento das tarifas. Muitos temem que a iniciativa privada priorize o lucro em detrimento da universalização do acesso ao saneamento, afetando principalmente as populações mais vulneráveis.
Ademais, a oposição também se baseia no receio de que a venda de ativos públicos enfraqueça o controle do estado sobre um serviço essencial, que é considerado um direito básico da população.