O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia nesta terça-feira (18) mais uma reunião decisiva para o rumo da economia brasileira. O Copom define nova taxa de juros do país, com expectativa de um novo aumento na Selic, atualmente fixada em 13,25% ao ano. O mercado financeiro prevê um acréscimo de 1 ponto percentual, levando a taxa para 14,25%, o maior patamar desde 2016.
A decisão do Copom ocorre em um contexto de inflação persistente e projeções econômicas ainda incertas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou fevereiro em 1,31%, o maior índice para o mês em 22 anos. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu 5,06%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Cenário econômico e impacto da decisão do Copom
A reunião do Copom define nova taxa de juros levando em conta diversos fatores econômicos, incluindo o cenário internacional. A recente alta dos juros nos Estados Unidos e as incertezas sobre a política monetária global influenciam diretamente as decisões do Banco Central. Além disso, a desvalorização do real e as pressões inflacionárias internas reforçam a necessidade de uma política monetária mais restritiva.
O Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (17), apontou uma ligeira redução na expectativa de inflação para este ano, passando de 5,68% para 5,66%. No entanto, o índice ainda está acima do teto da meta de 4,5%, o que justifica a postura do Banco Central em manter um viés conservador. O relatório também mostrou uma revisão para baixo no crescimento do PIB, que deve ficar abaixo de 2%.
Efeitos do aumento da Selic na economia
Quando o Copom define nova taxa de juros mais elevada, o crédito fica mais caro, desestimulando o consumo e reduzindo a demanda agregada. Esse movimento busca conter a inflação, mas também pode impactar negativamente o crescimento econômico e os investimentos produtivos.
Empresas que dependem de financiamento sofrem com custos mais altos, enquanto o mercado financeiro reage com ajustes nas projeções de retorno. Setores como varejo e construção civil costumam ser os mais afetados. Por outro lado, investidores em renda fixa se beneficiam, pois ativos atrelados à Selic passam a oferecer retornos mais atrativos.
Veja mais detalhes da projeção do mercado sobre a alta da Selic:
Expectativa do mercado e próximos passos
A ata da última reunião do Copom já havia sinalizado a possibilidade de um novo ajuste na taxa de juros. Segundo o documento, o comitê considera necessário manter uma política monetária mais rígida para garantir a convergência da inflação à meta. Para o fim de 2025, as projeções indicam que a Selic pode atingir 15% ao ano, reduzindo-se gradativamente nos anos seguintes.
Com a decisão do Copom define nova taxa de juros, o mercado espera entender melhor os próximos passos da política monetária. A expectativa recai sobre o comunicado que acompanhará a decisão e a ata da reunião, documentos que darão pistas sobre o futuro da Selic.









