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Banco Central eleva taxa básica de juros para 14,25%, nível da crise do governo Dilma

O Banco Central do Brasil elevou a taxa de juros para 14,25%, a mais alta desde a crise de Dilma Rousseff. Com o PIB crescendo 3,4%, o aumento da Selic visa conter a inflação. No entanto, isso pode afetar o consumo e os investimentos, gerando incertezas sobre o futuro econômico. Descubra como essa mudança pode impactar sua vida!
Fachada do Banco Central do Brasil, responsável por definir a taxa de juros no Brasil, que impacta crédito, consumo e inflação no país
O Copom indicou que novas altas podem ocorrer. (Foto: Divulgação)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a taxa básica de juros da economia de 13,25% para 14,25% ao ano, equiparando-se ao nível registrado no auge da crise durante o governo Dilma Rousseff. Essa foi a quinta alta consecutiva, refletindo a preocupação com a inflação em um cenário de economia aquecida. A taxa de juros real no Brasil é a segunda mais alta do mundo, atrás apenas da Argentina e acima da Rússia.

Motivos para o aumento da Selic

A decisão do Copom foi unânime e ocorre em um momento de forte pressão inflacionária. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,4% no último ano, e o mercado de trabalho segue aquecido. Além disso, fatores como aumento dos gastos públicos e oscilações no cenário internacional têm impactado o dólar e pressionado os preços no país.

A política monetária do Banco Central controla a oferta de moeda e as taxas de juros no Brasil para estabilizar a inflação e influenciar o crescimento econômico. Quando as projeções superam a meta de 3% ao ano, a Selic tende a ser elevada para conter a alta dos preços. Quando as projeções superam o objetivo de 3% ao ano, a tendência é de manutenção ou elevação da Selic para conter a alta dos preços.

Impactos do cenário externo e interno

O Copom destacou que o ambiente externo continua desafiador. A taxa de juros no Brasil também reflete esse cenário, impactando diretamente investimentos e o crescimento econômico. A incerteza sobre a política econômica dos Estados Unidos gera dúvidas sobre o crescimento global, afetando o nível de emprego. O aumento da taxa de juros reduz investimentos e consumo, podendo impactar o emprego, especialmente em países emergentes como o Brasil.

No cenário doméstico, indicadores apontam um mercado aquecido, mas sinais de alerta surgem, especialmente no aumento da inadimplência. Com juros mais altos, consumidores enfrentam maior dificuldade para quitar empréstimos e financiamentos, resultando em maior endividamento e restrição ao crédito. Para as empresas, o custo elevado do capital reduz a capacidade de expansão e pode levar a demissões ou até falências. de desaceleração começam a surgir. 

Mesmo assim, a inflação se mantém acima da meta, pressionando o custo de vida das famílias e reduzindo seu poder de compra. O aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e serviços essenciais tem um impacto direto no orçamento doméstico, levando a menor capacidade de consumo. Para conter essa inflação, o Banco Central eleva a taxa de juros no Brasil, encarecendo o crédito e desestimulando o consumo e os investimentos, o que pode desacelerar a economia. e as projeções para 2025 e 2026 subiram para 5,7% e 4,5%, respectivamente, segundo o último relatório do Boletim Focus.

Expectativas para os próximos meses com a taxa de juros no Brasil

O Banco Central afirmou que há riscos tanto para a alta quanto para a queda da inflação. Caso a atividade econômica desacelere mais do que o esperado, a inflação pode ceder. No entanto, uma combinação de fatores externos e internos pode manter a inflação elevada por mais tempo.

O Copom indicou que novas altas podem ocorrer, mas em menor intensidade. A taxa de juros no Brasil segue como um dos principais desafios para o crescimento econômico e a estabilidade financeira. A decisão de elevar os juros busca estabilizar os preços e garantir o controle da inflação no médio prazo.

“A decisão de elevar os juros busca estabilizar os preços e garantir o controle da inflação no médio prazo”, disse o BC em nota.

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