O lucro dos planos de saúde registrou um salto de 271% em 2024, atingindo R$ 11,1 bilhões. Esse valor superou o total acumulado nos três anos anteriores. Os dados, divulgados nesta terça-feira (18) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), indicam que as operadoras de grande porte impulsionaram esse crescimento ao reajustarem as mensalidades acima da inflação do setor.
Lucro dos planos de saúde representa 3,16% da receita total
A ANS revelou que os planos de saúde faturaram R$ 350 bilhões em 2024. Além disso, desse total, 3,16% se converteram em lucro líquido. Isso significa que, para cada R$ 100 arrecadados, as operadoras garantiram R$ 3,16 de lucro.
Além disso, a sinistralidade, que mede os gastos com atendimento médico, atingiu 82,2% no último trimestre de 2024. Esse índice representa a menor taxa para esse período desde 2018, o que indica que as operadoras reduziram suas despesas assistenciais e aumentaram sua margem de rentabilidade.
Operadoras de grande porte concentram maior lucro
Os planos de saúde médico-hospitalares de grande porte lideraram os ganhos do setor, registrando R$ 9,2 bilhões em lucros. Além disso, apenas essas empresas acumularam R$ 4 bilhões em saldo positivo entre receitas e despesas assistenciais, o que demonstra um crescimento expressivo no segmento.
A ANS apontou dois fatores principais que explicam esse resultado:
- Ajustes nas mensalidades acima da inflação do setor, elevando a rentabilidade das operadoras;
- Ganhos com aplicações financeiras, que contribuíram para a alta lucratividade.
Além disso, o lucro dos planos de saúde vem crescendo desde 2024, como pode ser conferido na matéria abaixo. Isso significa que o setor está em crescimento e, com esses resultados recentes, as expectativas são boas para este ano.
Lucro dos planos de saúde pode crescer ainda mais em 2025
Especialistas do setor projetam que o lucro dos planos de saúde deve continuar crescendo em 2025. Isso acontece porque as operadoras seguem otimizando custos e reajustando preços. Além disso, a demanda por serviços médicos privados continua alta, impulsionada pelas dificuldades do Sistema Único de Saúde (SUS).
A ANS segue monitorando os reajustes das mensalidades para evitar aumentos abusivos. No entanto, as operadoras justificam os aumentos como uma estratégia para garantir a sustentabilidade dos serviços.