O dólar hoje iniciou a sexta-feira (21) com alta de 0,76%, sendo cotado a R$ 5,7228 às 10h35. Apesar da valorização no dia, a moeda caminha para sua terceira queda semanal consecutiva, refletindo um cenário de otimismo moderado nos mercados internacionais e movimentações recentes na política monetária brasileira.
Cenário internacional influencia a cotação do dólar
O movimento do dólar hoje reflete uma valorização da moeda americana no exterior, frente a divisas fortes e emergentes. Na quinta-feira (20), o dólar já havia fechado em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,6763. No entanto, mesmo com as altas recentes, o dólar acumula perdas em relação ao real ao longo da semana.
Fatores como o diálogo entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia sobre um possível cessar-fogo de 30 dias na guerra da Ucrânia contribuíram para reduzir as tensões geopolíticas e impulsionar o otimismo nos mercados. Além disso, o anúncio de um fundo de 500 bilhões de euros para defesa na Alemanha também influenciou positivamente o humor global.
Selic e fiscal também pesam
Aliás, no Brasil, a decisão do Copom de elevar a Selic para 14,25% ao ano ajudou a reforçar o diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos, o que atrai capital estrangeiro e favorece o real. Contudo, o mercado está atento a questões fiscais internas, especialmente após o envio de um projeto de lei que propõe isenção de IR para rendimentos até R$ 5.000. Sem compensações, a medida pode pressionar as contas públicas, o que também interfere no comportamento do dólar hoje.
Expectativas para o dólar nos próximos dias
A próxima semana será decisiva para a trajetória do dólar hoje e nos próximos dias. Portanto, o mercado aguarda o anúncio de novas tarifas comerciais por parte dos EUA, que podem reacender tensões globais. Aliás, o presidente Donald Trump deve divulgar medidas recíprocas no dia 2 de abril, o que pode afetar diretamente o câmbio e os investimentos internacionais.
Por ora, o dólar hoje mantém tendência de queda na semana, mesmo com a alta desta sexta-feira. O comportamento da moeda seguirá sensível a variáveis fiscais, geopolíticas e decisões econômicas globais nas próximas sessões.