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Grupo Cinel aposta em deságio e venda de terras para reduzir dívida de R$ 1,7 bilhões

O Grupo Cinel aprovou seu plano de recuperação judicial com os credores. A estratégia inclui deságio de até 80% e venda de terras agrícolas para reduzir a dívida de R$ 1,7 bilhão em até 40%. A empresa também obteve financiamento DIP de R$ 75 milhões, reduziu seu quadro de funcionários e passou a investir em tecnologia, com foco em serviços de drones, smart cities e saneamento.
Grupo Cinel consegue aprovação de recuperação judicial.
O fundador do Grupo Cinel, Washington Cinel. (Imagem: Reprodução)

O Grupo Cinel, liderado pelo empresário Washington Cinel, conseguiu a aprovação de seu plano de recuperação judicial pelos credores. A companhia, que reúne empresas como a Gocil e a Agrocin, espera reduzir sua dívida total de R$ 1,7 bilhão em até 40%. A estratégia, entretanto, inclui deságio nas dívidas, amortizações em longo prazo e venda de ativos estratégicos, como terras agrícolas.

Grupo Cinel aposta em reestruturação financeira com apoio dos credores

O pedido de recuperação judicial do Grupo Cinel foi feito em setembro de 2023. Portanto, cerca de R$ 1 bilhão da dívida está concentrado em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Fiagros. O restante está dividido entre instituições financeiras como o Banco do Brasil (BB) e o Banco do Nordeste (BNB). Com a aprovação do plano, entretanto, o Grupo Cinel aplica deságios de até 70% nas dívidas com garantia real e até 80% nos créditos quirografários.

Grupo negocia ativos e amplia fontes de receita

Para levantar recursos, portanto, o Grupo Cinel iniciou a venda de terras no Maranhão destinadas ao cultivo de arroz, soja, milho e cana-de-açúcar. Além disso, contratou um financiamento DIP (Debtor-in-possession) de R$ 75 milhões com o BTG Pactual, que será utilizado para pagar dívidas trabalhistas e manter o funcionamento das empresas. A companhia também está em negociação para novos empréstimos.

Primeiramente, conheça mais a fundo a trajetória do fundador do Grupo Cinel, Washington Cinel, na reportagem abaixo:

Empresa busca novas frentes de negócios

Desde a pandemia, portanto, o Grupo Cinel vem enfrentando queda na demanda por serviços tradicionais, alta dos juros e pressão nos preços. Em resposta, a empresa reduziu seu quadro de colaboradores de 21 mil para 9 mil e passou a investir em soluções tecnológicas. Hoje, inclusive, atua com monitoramento agrícola por drones, projetos de smart cities e até inspeções de cascos de navios com drones submarinos.

Grupo mira infraestrutura e saneamento para garantir margens maiores

De olho em maior previsibilidade de receita, o Grupo Cinel pretende entrar em áreas como saneamento e infraestrutura. Entre os serviços planejados, portanto, estão medição de consumo e perdas de água, além de projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) voltados à iluminação pública. A meta é garantir receitas recorrentes e ampliar as margens de lucro.

Grupo Cinel registra queda no faturamento em 2024

Em meio ao processo de recuperação judicial, o Grupo Cinel encerrou 2024 com um faturamento de R$ 800 milhões, queda de 33% em relação aos R$ 1,2 bilhão obtidos em 2023. Ademais, apesar do recuo, a companhia acredita que as medidas adotadas nos últimos meses devem fortalecer sua posição financeira nos próximos anos.

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