Morte de Fuad Noman: Como fica a Prefeitura de Belo Horizonte?
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, faleceu nesta quarta-feira, 26 de março de 2025, aos 77 anos. Ele estava internado no Hospital Mater Dei, na região Centro-Sul da capital mineira, desde 3 de janeiro, enfrentando complicações de saúde. Fuad sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite anterior à sua morte, foi reanimado, mas seu quadro permaneceu grave, levando ao óbito.
Trajetória política de Fuad Noman
Nascido em Belo Horizonte em 30 de junho de 1947, Fuad Jorge Noman Filho era economista e teve uma carreira marcada por serviços prestados tanto no âmbito estadual quanto municipal. Em seguida, no governo federal, atuou como Secretário-Executivo da Casa Civil durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso e foi consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em Minas Gerais, ocupou cargos como Secretário de Estado da Fazenda e Secretário de Transportes e Obras Públicas. Na capital mineira, foi Secretário Municipal de Fazenda durante o primeiro mandato do prefeito Alexandre Kalil. Assim, com a renúncia de Kalil em março de 2022, Fuad assumiu a prefeitura e foi reeleito em 2024 para continuar no cargo.
Legado financeiro de Fuad Noman: equilíbrio e planejamento para BH
Durante sua gestão, o prefeito Fuad Noman implementou medidas significativas para equilibrar as finanças de Belo Horizonte, deixando um legado financeiro notável:
- Orçamento Equilibrado para 2025: Em outubro de 2024, a Prefeitura enviou à Câmara Municipal o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) prevendo receitas e despesas de R$ 22,65 bilhões, com déficit zero, refletindo uma gestão fiscal responsável.
- Reforma Administrativa: Sancionada em janeiro de 2025, a reforma reorganizou a estrutura municipal, criando a regional do Hipercentro. O custo adicional foi de 0,22% da receita total estimada para 2025, demonstrando compromisso com eficiência e controle de gastos.
- Aprovação do Orçamento de 2025: Em dezembro de 2024, a Câmara Municipal aprovou o orçamento para 2025, incorporando 1.346 emendas parlamentares. Apesar das alterações, o orçamento manteve o equilíbrio fiscal planejado.
Sucessão na Prefeitura de Belo Horizonte – Morte de Fuad Noman
Com o falecimento de Fuad Noman, o vice-prefeito Álvaro Damião, de 54 anos, assume definitivamente o comando da Prefeitura de Belo Horizonte. Damião, filiado ao União Brasil, já vinha exercendo a função de prefeito interino desde a internação de Fuad em janeiro.
Natural do bairro Concórdia, na região Nordeste de Belo Horizonte, Álvaro Damião é conhecido por sua atuação como radialista e apresentador em emissoras de TV e rádio mineiras por mais de 30 anos.
Repercussão política
A morte de Fuad Noman gerou comoção no cenário político mineiro e nacional. Diversos políticos e autoridades manifestaram pesar pelo falecimento do prefeito. O vice-prefeito Álvaro Damião expressou sua tristeza nas redes sociais, destacando a perda de um amigo e líder.
Prefeitura de Belo Horizonte se pronuncia sobre a morte de Fuad Noman
A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou uma nota oficial lamentando o falecimento do prefeito Fuad Noman. No comunicado, a administração municipal expressa pesar pela perda e destaca o legado deixado por ele na gestão da cidade. Para mais detalhes sobre a nota e a repercussão, assista ao vídeo:
Desafios para a nova gestão
Álvaro Damião assume a Prefeitura de Belo Horizonte em um momento crucial, com desafios importantes para garantir a continuidade da administração e atender às demandas da população. Entre as principais questões que ele enfrentará, destacam-se:
- Continuidade de projetos: Garantir a execução dos planos e obras iniciadas durante a gestão de Fuad Noman.
- Gestão financeira: Manter o equilíbrio das contas públicas e assegurar investimentos essenciais para a cidade.
- Mobilidade urbana: Melhorar o transporte público e a infraestrutura viária para reduzir congestionamentos.
- Saúde e educação: Ademais, ampliar e qualificar os serviços básicos oferecidos à população.
- Relação com a Câmara Municipal: Além disso, construir um bom diálogo com os vereadores para garantir governabilidade.
Por fim, a população espera que a transição ocorra sem impactos negativos e que a gestão municipal continue priorizando o desenvolvimento da capital mineira.