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Americanas enfrenta prejuízo de R$ 586 mi e busca saída para crise

A Americanas (AMER3) reportou um prejuízo de R$ 586 milhões no 4T24, revertendo lucro do ano anterior. A receita líquida caiu 4,5%, impactada pela redução no GMV digital. Em recuperação judicial, a varejista busca equilibrar suas finanças e manter sua operação sustentável, apostando no crescimento do varejo físico e na reestruturação da rede de lojas.
A imagem mostra uma das unidades das lojas Americanas para representar o prejuízo da Americanas.
Americanas enfrenta prejuízo de R$ 586 mi e busca saída para crise. Foto: José Henrique Kautzmann - Wikipédia.

A Americanas (AMER3), que segue em processo de recuperação judicial, divulgou nesta quarta-feira (26) que o prejuízo da Americanas é de R$ 586 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), revertendo o lucro de R$ 2,56 bilhões registrado no mesmo período de 2023. O resultado reflete os desafios enfrentados pela varejista, que segue com uma complexa reestruturação para equilibrar suas finanças.

Prejuízo da Americanas, receita líquida em queda e Ebitda positivo

O desempenho financeiro da Americanas também mostrou uma queda de 4,5% na receita líquida, totalizando R$ 4,3 bilhões no 4T24. No acumulado do ano, a empresa registrou uma receita líquida consolidada de R$ 14,3 bilhões, representando uma redução de 2,8% em relação a 2023. Apesar do prejuízo da Americanas, a empresa conseguiu um Ebitda ajustado positivo de R$ 180 milhões, revertendo o resultado negativo de R$ 1,18 bilhão do 4T23.

Veja o histórico de prejuízos da Americanas que também registrou prejuízo em 2023:

GMV total reduzido e mudança na estratégia digital

O volume bruto de mercadorias (GMV) totalizou R$ 6,5 bilhões no trimestre, uma queda de 2,3% comparado ao mesmo período do ano anterior. O desempenho negativo foi impactado principalmente pela redução de 47% no GMV do segmento digital, consequência da estratégia de reestruturação operacional da Americanas. Em contrapartida, o varejo físico apresentou crescimento de 7,1% no período, representando 79% do GMV total.

Endividamento e reestruturação financeira

A Americanas encerrou 2024 com um endividamento bruto de R$ 1,8 bilhão, composto por R$ 1,7 bilhão em debêntures públicas e R$ 66 milhões em empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos. Além disso, a empresa mantém um saldo de caixa líquido de aproximadamente R$ 450 milhões, enquanto lida com o passivo remanescente do plano de recuperação judicial.

Encerramento e abertura de lojas para maior viabilidade

Dentro da sua estratégia de recuperação, após prejuízo da Americanas, a rede fechou 92 unidades em 2024 que não atendiam aos seus critérios de viabilidade, reduzindo sua rede para 1.587 lojas. No entanto, a varejista continua investindo na expansão e inaugurou recentemente uma nova unidade em Eusébio, no Ceará, visando fortalecer sua presença no Nordeste.

O prejuízo da Americanas reflete os desafios de sua reestruturação financeira, mas a empresa busca estratégias para recuperar liquidez e manter a operação sustentável. O setor acompanha de perto os próximos passos da companhia, que depende de um equilíbrio entre a recuperação judicial e a capacidade de se manter competitiva no mercado de capitais.

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