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Prejuízo da Aeris pode chegar a R$ 380 milhões em 2025

A Aeris projeta um prejuízo de R$ 380 milhões para o primeiro trimestre de 2025 após resultados financeiros difíceis em 2024. Apesar disso, as ações da empresa tiveram alta. A desaceleração do mercado e a reestruturação da produção impactaram as finanças, mas a Aeris aposta nas exportações e em novos mercados para uma recuperação gradual prevista para 2026.
A imagem mostra Alexandre Negrão, CEO da Aeris Energy para representar o prejuízo da Aeris.
Alexandre Negrão, CEO da Aeris Energy.

A Aeris, fabricante cearense de pás eólicas, anunciou nesta quarta-feira (26) que prevê um prejuízo da Aeris de R$ 350 milhões a R$ 380 milhões para o primeiro trimestre de 2025. Esse prognóstico vem após resultados financeiros desafiadores em 2024, quando a empresa já havia reportado um prejuízo líquido significativo.

Apesar das perspectivas financeiras desanimadoras, o mercado reagiu com otimismo, e as ações da Aeris (AERI3) subiram 8,78% durante o pregão, revertendo a queda inicial de 2,44% pela manhã. Contudo, o prejuízo da Aeris não deve ser uma surpresa para investidores, dado o cenário desafiador enfrentado pela empresa ao longo do ano passado.

Desafios financeiros e o aumento do prejuízo

O prejuízo da Aeris se intensificou no último trimestre de 2024, quando a companhia reportou uma perda líquida de R$ 833,1 milhões, um aumento de 1.204,7% em relação ao prejuízo do mesmo período de 2023. Além disso, a receita líquida no 4º trimestre caiu 42,5%, reflexo de um cenário de desaceleração do setor elétrico e do impacto do impairment, que resultou na descontinuação de contratos com empresas como Nordex, WEG e Siemens Gamesa. Esse conjunto de fatores gerou um impacto negativo considerável nos números da Aeris.

Impacto da desaceleração do mercado e cortes na produção

A Aeris tem enfrentado dificuldades devido ao alto custo de capital e à baixa demanda no mercado interno, especialmente no setor de energia eólica. A desaceleração da indústria levou a empresa a reduzir sua produção, desmantelando quatro linhas de fabricação. José Azevedo, diretor financeiro da companhia, mencionou que a falta de novos projetos e a dificuldade dos clientes em vender aerogeradores tem contribuído para o prejuízo da Aeris.

A empresa cearense também passou a buscar alternativas, com foco na exportação de suas pás eólicas para outros mercados. Embora a exportação tenha representado apenas 31,8% da receita no 4º trimestre de 2024, ela tem se tornado uma estratégia mais relevante para a companhia, especialmente com as expectativas de crescimento nas exportações.

Veja no vídeo abaixo mais detalhes sobre as ações da Aeris:

Expectativas para o futuro: retomada apenas em 2026

Com a redução de novos projetos e leilões de energia eólica previstos para os próximos anos, a Aeris projeta uma recuperação gradual de suas finanças, com uma expectativa de retomada dos negócios somente em 2026. O mercado externo, especialmente os Estados Unidos e a América Latina, são vistos como fontes potenciais de demanda para os próximos anos. No entanto, a Aeris também enfrenta desafios com a transição energética global, especialmente após a mudança de governo nos EUA, o que pode impactar a demanda por equipamentos eólicos.

O prejuízo da Aeris é um reflexo das dificuldades enfrentadas por uma empresa do setor de energia renovável em um contexto de baixo crescimento e incertezas econômicas. Para o futuro, as projeções de recuperação dependem de uma combinação de fatores, como o crescimento das exportações e a implementação de novas políticas públicas que incentivem o setor de energia eólica. A companhia continuará buscando alternativas para superar os desafios financeiros e encontrar novos caminhos para seu crescimento.

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