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Greve na Petrobras: exigências dos sindicatos e críticas a Magda Chambriard

A greve na Petrobras de 24 horas, realizada em 26 de março, reflete a insatisfação dos sindicatos com a gestão de Magda Chambriard. Os principais pontos de tensão incluem a implementação do trabalho presencial e o pagamento da PLR. Os sindicalistas acusam a presidente da estatal de adotar uma postura autoritária, enquanto a empresa alega manter um "diálogo aberto". A paralisação teve adesão significativa e expôs as divergências entre a direção da companhia e os trabalhadores.
A foto mostra a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para representar a greve na Petrobras.
Magda Chambriard. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil.

A greve na Petrobras expôs um cenário de insatisfação entre os trabalhadores e a gestão da presidente Magda Chambriard. A paralisação de 24 horas, realizada na última quarta-feira (26), contou com ampla adesão dos petroleiros, incluindo funcionários da área administrativa. Os sindicatos criticam a falta de diálogo com a estatal e exigem mudanças em diversas pautas trabalhistas.

Principais reivindicações dos trabalhadores

A greve na Petrobras tem como principais demandas:

  • Cancelamento do retorno ao trabalho presencial: os trabalhadores pedem a retomada das negociações sobre o teletrabalho.
  • Pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR): os sindicatos acusam a empresa de reduzir os valores inicialmente apresentados.
  • Revisão dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros: mudanças no fundo de pensão são uma preocupação dos empregados.
  • Criação de um plano unificado de progressão de carreira e salários: reivindicação que visa maior transparência e valorização da força de trabalho.
  • Reposição do efetivo: os sindicatos alegam que há um déficit de funcionários desde a Operação Lava Jato.
  • Melhoria nas condições de segurança: prevenção de acidentes e eliminação de desigualdades entre os empregados são pautas prioritárias.

A greve na Petrobras também foi motivada pelas queixas contra a presidente Magda Chambriard. Sindicatos afirmam que a gestão tem adotado uma postura autoritária, esvaziando fóruns de negociação coletiva. Além disso, alegam que a Petrobras tem apresentado propostas diretamente aos funcionários, sem diálogo com as entidades representativas.

Veja mais detalhes sobre a greve na Petrobras no vídeo abaixo:

Resposta da empresa após greve na Petrobras

Em nota, a Petrobras afirmou que a greve na Petrobras não impactou a produção e que mantém um “diálogo aberto” com os sindicatos. A empresa justificou a exigência de maior trabalho presencial, de dois para três dias por semana a partir de 7 de abril, como alinhada ao seu Plano Estratégico.

Sobre a PLR, a estatal argumentou que o valor distribuído aos funcionários foi reduzido devido à queda de 70,6% no lucro líquido de 2024, que totalizou R$ 36,6 bilhões. No entanto, os sindicatos denunciam falta de transparência no cálculo e apontam um corte de 31% nos pagamentos aos trabalhadores, enquanto a distribuição de lucros aos acionistas aumentou 207%.

Impacto e perspectivas

A greve na Petrobras é um reflexo do descontentamento dos trabalhadores diante das mudanças impostas pela gestão atual. O movimento sindical sinaliza que novas paralisações podem ocorrer caso as negociações não avancem. A estatal, por sua vez, busca manter sua política de reestruturação, reforçando o plano de expansão e a recomposição do efetivo com a contratação de novos funcionários.

Especialistas avaliam que o impasse entre sindicatos e diretoria pode impactar futuras decisões estratégicas da Petrobras, incluindo ajustes na política de trabalho remoto e remuneração variável. O desfecho das negociações será crucial para definir o clima organizacional da companhia nos próximos meses.

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