A inflação ao consumidor nos Estados Unidos subiu acima do esperado em fevereiro, reacendendo os alertas no mercado financeiro americano. Segundo o Departamento de Comércio, os gastos dos consumidores cresceram 0,4%, após queda de 0,3% em janeiro. O resultado preocupa analistas, pois pode indicar um cenário de crescimento lento e preços elevados.
Esse movimento reforça os receios sobre a inflação nos Estados Unidos, que afeta desde o consumo até os investimentos globais. Com o consumo representando mais de dois terços do PIB americano, qualquer variação nos índices de preços impacta diretamente a atividade econômica.
Federal Reserve mantém juros, mas inflação ao consumidor segue pressionando
O índice PCE, utilizado pelo Federal Reserve (Fed) para definir sua política monetária, subiu 0,3% em fevereiro. Em 12 meses, acumula alta de 2,5%. Já a inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, acelerou para 2,8%, superando as expectativas do mercado. O índice de preços ao consumidor (CPI) também vem apresentando oscilações consistentes, refletindo a pressão no custo de vida.
Em resposta, o Fed decidiu manter a taxa de juros nos EUA entre 4,25% e 4,50%, indicando que novos cortes estão descartados no curto prazo. A prioridade continua sendo conter a inflação dentro da meta de 2%.
Veja mais detalhes sobre a alta da inflação ao consumidor:
Aumento da inflação ao consumidor pode acentuar pressões inflacionárias
O presidente Donald Trump anunciou novas tarifas de 25% sobre carros e caminhões leves importados. Medidas protecionistas como essa são vistas por economistas como fatores que podem elevar ainda mais a inflação ao consumidor, aumentar o déficit comercial e tensionar relações internacionais.
Além disso, indicadores como o índice de preços ao produtor (PPI) já sinalizam aumentos futuros, com impacto direto sobre os preços finais. O crescimento do PIB pode desacelerar para 1% no primeiro trimestre de 2025, bem abaixo dos 2,4% registrados no final de 2024.
Com incertezas crescentes após inflação ao consumidor subir, investidores seguem atentos aos desdobramentos da política econômica. E também aos próximos movimentos do Fed para conter o avanço da inflação.