A Prada compra Versace por R$ 7 bilhões, em uma movimentação que reforça o mercado de luxo italiano diante da concorrência de grupos franceses. A transação inclui as dívidas da Versace, então pertencente à americana Capri Holdings, e une duas marcas emblemáticas no setor de moda de luxo.
A operação ocorre em meio à retração global na demanda por luxury goods, mas com a Prada mantendo resultados sólidos. Enquanto isso, a Versace, conhecida por sua estética ousada, vinha operando no vermelho. Nos nove meses encerrados em dezembro de 2024, a marca registrou prejuízo de US$ 41 milhões, mesmo com uma receita de US$ 613 milhões.
Fusão de empresas de luxo amplia presença italiana
Com isso, essa fusão de empresas de luxo marca uma nova fase para o segmento. A princípio, a expectativa é de que o negócio seja concluído em até sete dias, após aprovações regulatórias. Por fim, a aquisição de marcas de luxo como essa revela uma tendência clara: o fortalecimento de conglomerados que buscam consolidar seu espaço no competitivo mercado global.
A saída de Donatella Versace do comando criativo ocorreu pouco antes do anúncio da transação. Ela assume agora o cargo de embaixadora da marca. A liderança criativa ficará a cargo de Dario Vitale, ex-diretor da Miu Miu, outra marca da Prada.
Investimentos no mercado de moda crescem com fusão
A compra da Versace pela Prada também representa uma aposta em investimentos no mercado de moda, com foco em expandir o público-alvo. O CEO Andrea Guerra destacou que a jornada exigirá paciência e execução disciplinada. A estratégia inclui a valorização de marcas de luxo e a preservação da identidade criativa da Versace.
Além disso, a movimentação reforça o crescimento do mercado de luxo e aumenta o apetite por investimentos em marcas de luxo. No mesmo sentido, no Brasil, o interesse por empresas de luxo no Brasil também vem aumentando, acompanhando as tendências do mercado de luxo e o debate sobre lucro no setor de luxo.
Moda e negócios: Prada e Versace sob nova gestão
Por outro lado, a operação, feita por valor inferior ao pago pela Capri em 2018, reflete mudanças nas fusões e aquisições no mercado de luxo. Naquele momento, a Capri havia pago US$ 2,15 bilhões. Agora, a nova transação consolida o nome da Prada no centro das discussões sobre moda e negócios e impulsiona sua presença em mais de 70 países.
