A Braskem (BRKM5) teve sua recomendação rebaixada para venda pelo BB Investimentos, que também cortou o preço-alvo das ações de R$ 24 para R$ 16. A decisão está ligada ao impacto da guerra tarifária entre Estados Unidos e China, que tem pressionado a demanda global por produtos petroquímicos e provocado queda nos preços do petróleo.
A análise do BB destaca que o cenário macroeconômico afeta diretamente empresas do setor, como a Braskem. A volatilidade dos mercados e o aumento da oferta global, principalmente com a expansão chinesa, prejudicam os spreads petroquímicos e limitam a margem de lucro das companhias que operam com base em nafta.
Além disso, o próprio CEO da Braskem reconheceu que o ciclo de baixa pode perdurar por até dez anos. Para o BB, o atual desequilíbrio entre oferta e demanda compromete o desempenho operacional da empresa no curto prazo. Embora haja iniciativas para diversificar o uso de matéria-prima, como a inclusão de etano e propano, os investimentos são considerados marginais.
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Recomendação de venda e impactos no mercado acionário
Segundo o analista Daniel Cobucci, a recomendação de venda é baseada em fundamentos, mesmo após uma queda de 61% nos últimos 12 meses. O mercado acionário tende a reagir a esse tipo de avaliação, influenciando o comportamento de investidores que utilizam plataformas como Kinvo, Money Times ou TradingView.
Mesmo com a expectativa de prejuízo menor em 2025 — cerca de R$ 2 bilhões — o cenário ainda é desafiador. A ausência de recuperação no lucro líquido e o alto endividamento podem comprometer o pagamento de dividendos nos próximos ciclos.
A análise fundamentalista indica que o investidor precisa reavaliar o papel da Braskem na carteira, especialmente diante da instabilidade causada pelo conflito comercial global.
