A nova tarifa de importação dos EUA provocou reações imediatas no setor automotivo internacional. Audi, Jaguar Land Rover e Volkswagen decidiram suspender temporariamente as exportações para os Estados Unidos. O cenário levou ao afastamento de cerca de 900 funcionários em fábricas no México, Canadá e até dentro do próprio território norte-americano.
A medida integra uma série de ações da atual política comercial dos EUA, que tem ampliado as barreiras tarifárias em diversos setores. Nesse sentido, segundo a Standard & Poor’s, 46% dos 16 milhões de veículos vendidos nos EUA em 2024 foram importados — em sua maioria do México, principal fornecedor do país.
Efeitos das tarifas de importação no setor automotivo global
A escalada na tarifa de importação dos EUA está diretamente ligada ao ambiente de tensão que lembra a antiga guerra comercial EUA-China. Como resultado, o aumento dos impostos sobre importação compromete as cadeias de produção e abastecimento. Isso impacta o planejamento das empresas e aumenta o custo dos veículos para o consumidor final.
A Audi suspendeu a exportação de carros produzidos no México. Da mesma forma, a Jaguar pausou os envios durante abril. A Stellantis interrompeu operações no Canadá e no México, afetando também linhas de produção nos estados de Michigan e Indiana. As decisões mostram os efeitos das tarifas no setor automotivo e como a instabilidade tarifária influencia o mercado automotivo global.
Montadoras e comércio internacional pressionam por acordos
Com o aumento da instabilidade, montadoras e comércio internacional cobram previsibilidade e defendem os acordos comerciais internacionais. A Toyota, por exemplo, afirmou que ainda analisa os impactos reais. A BMW destacou que tarifas dificultam a inovação e encarecem produtos. A Mercedes-Benz diz que irá se adaptar conforme a evolução do mercado.
O Grupo Volkswagen alertou que a medida pode comprometer investimentos recentes de US$ 14 bilhões nos EUA. A empresa também reforçou que tarifas criam obstáculos ao cenário econômico global e tarifas, prejudicando consumidores e empresas.
Exportações brasileiras para os EUA e riscos de retaliação
Além disso, a preocupação com os desdobramentos é sentida até no Brasil. As exportações brasileiras para os EUA podem ser afetadas, especialmente se houver retaliação tarifária dos EUA em resposta a medidas de outros países. As decisões também expõem a fragilidade do comércio exterior Brasil-EUA diante de mudanças abruptas nas regras.
Por isso, investidores e analistas acompanham como a câmbio e tarifas de importação podem influenciar os custos de produção e o poder de compra do consumidor americano. Em um setor globalizado, qualquer ajuste na tarifa se reflete em múltiplas economias.
Impacto das tarifas de importação: e agora?
Nesse contexto, o impacto das tarifas de importação ultrapassa fronteiras e exige atenção de todos os envolvidos na cadeia automotiva. As medidas protecionistas de Trump alteram o equilíbrio do comércio internacional e colocam em xeque a lógica da produção distribuída.
