As tarifas aumentarão inflação e desemprego, segundo o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams. Em discurso recente, ele alertou sobre os efeitos das atuais políticas comerciais dos EUA, que envolvem o aumento de tarifas sobre importações. O cenário, segundo Williams, pode desancorar as expectativas inflacionárias e afetar diretamente o mercado de trabalho.
Williams disse que as tarifas comerciais impulsionarão a inflação para um patamar entre 3,5% e 4% ainda neste ano. Em fevereiro, o principal indicador econômico usado pelo Fed, o índice PCE, estava em 2,5%. A alta projetada preocupa o banco central, que busca manter a inflação próxima da meta de 2%.
Além disso, o presidente do Fed afirmou que o crescimento do PIB deve cair para abaixo de 1%, pressionado pela redução da imigração e incertezas políticas. Esse cenário pode elevar a taxa de desemprego de 4,2% para até 5%. A relação entre inflação e desemprego, explicada pela Curva de Phillips, ganha destaque nesse contexto.
Veja mais detalhes sobre o alerta do Fed sobre as tarifas no vídeo abaixo:
Política monetária em foco diante da guerra comercial
Williams destacou que a política monetária atual está “no lugar certo” para enfrentar os riscos. A taxa de juros permanece entre 4,25% e 4,50%, em posição “modestamente restritiva”, segundo ele. Ainda assim, o Federal Reserve seguirá monitorando os indicadores econômicos para eventuais ajustes.
O aumento das tarifas impulsionado por medidas de protecionismo pode agravar a inflação de custos, refletindo em menor produção, queda na renda e piora no mercado de trabalho. Em um cenário de possível guerra comercial, os impactos se tornam ainda mais imprevisíveis.