O Ibovespa e as ações globais de tecnologia apresentaram alta nesta segunda-feira (14), após uma suspensão temporária de algumas tarifas sobre eletrônicos de alta tecnologia pelo governo de Donald Trump. Esse movimento gerou alívio nos mercados financeiros e impactou diretamente o mercado de câmbio, com o dólar em queda no Brasil.
Efeito das tarifas sobre eletrônicos na alta do Ibovespa
O dólar à vista registrou queda de 0,13%, sendo negociado a R$ 5,8573. Esse recuo é reflexo de uma redução mais ampla no valor do dólar no exterior, influenciado por novas decisões políticas dos Estados Unidos. O Ibovespa, por sua vez, subiu 1,08%, atingindo os 129.060,44 pontos. A suspensão das tarifas sobre importações de produtos eletrônicos de alta tecnologia trouxe alívio tanto para o mercado brasileiro quanto para os índices globais.
Como a suspensão das tarifas sobre eletrônicos impacta as ações de tecnologia
As ações globais de tecnologia, em particular, sentiram os efeitos dessa decisão. A Apple, por exemplo, teve uma alta de 3,5% após enfrentar uma queda de 9,1% nas semanas anteriores devido às incertezas causadas pela guerra comercial EUA-China. Outras gigantes como HP e Dell Technologies também avançaram, registrando altas de 3,5% e 5,9%, respectivamente. Esse movimento demonstrou a recuperação do setor tecnológico, que estava sendo fortemente pressionado pelas tarifas impostas sobre os produtos provenientes da China.
A valorização do dólar e as perspectivas econômicas
Embora os mercados tenham reagido positivamente ao recuo temporário das tarifas, as incertezas ainda persistem. Trump já sinalizou que pretende aplicar novas tarifas sobre semicondutores importados, o que poderia afetar novamente o mercado global de tecnologia. Além disso, a agenda da semana inclui negociações bilaterais entre os Estados Unidos e Japão sobre tarifas, o que também pode gerar volatilidade nos mercados financeiros.
Mercado de tecnologia e o alívio após suspensão das tarifas sobre eletrônicos
No Brasil, o alívio tarifário contribuiu para a valorização de moedas de mercados emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano. Contudo, analistas alertam para os riscos de uma possível retomada da inflação global e uma recessão em diversos países, caso as tensões comerciais entre EUA e China se intensifiquem novamente.
O impacto nas economias sul-americanas, com a dependência das exportações para a China, também é uma preocupação crescente. Além disso, com um cenário global instável, investidores continuam atentos às novas medidas políticas e econômicas que possam afetar o mercado de ações e a economia mundial.
