O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, apresentado ao Congresso Nacional nesta terça-feira, 15, propõe um salário mínimo no Brasil de R$ 1.630 para o próximo ano. O valor representa um aumento de R$ 112 em relação ao mínimo atual, de R$ 1.518, o que corresponde a um reajuste de 7,37%. No entanto, o valor definitivo só será confirmado em dezembro, quando for divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro.
O modelo adotado para o reajuste do salário mínimo combina dois indicadores: a inflação acumulada em 12 meses até novembro, medida pelo INPC, conforme determina a Constituição, e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, que passou a ter uma limitação estabelecida no final do ano passado, quando o governo encaminhou ao Congresso um pacote de medidas voltadas à contenção de gastos. A proposta incluiu a regra que restringe o reajuste do salário mínimo acima da inflação ao teto de 2,5%.
O PLDO também traz previsões para os anos seguintes: R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029. Entretanto, esses valores ainda podem mudar.
Aumento do salário mínimo no Brasil pode gerar impacto bilionário
Sempre que o salário mínimo é reajustado, o impacto nas contas públicas também aumenta. Isso acontece porque diversos benefícios, como aposentadorias, pensões, abono salarial e seguro-desemprego, estão diretamente vinculados ao valor do piso nacional. De acordo com Ministério do Planejamento e Orçamento, cada real acrescentado ao salário mínimo representa um acréscimo de cerca de R$ 400 milhões nas despesas obrigatórias da União.
Com a projeção de aumento de R$ 112 para 2026, o custo adicional previsto nas contas públicas é de, aproximadamente, R$ 44,8 bilhões. No caso da Previdência, a previsão é de uma elevação de R$ 115,3 bilhões nas despesas e de R$ 71,2 bilhões na arrecadação.








