Os resultados financeiros da Heineken no primeiro trimestre de 2025 surpreenderam positivamente o mercado. A empresa reportou uma receita líquida orgânica com crescimento de 0,9%, superando as previsões dos analistas, que esperavam queda de 0,6%. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelos mercados da África, Oriente Médio e Ásia-Pacífico, compensando a retração observada nas Américas e Europa.
Mesmo diante de um cenário marcado por tarifas de importação e riscos geopolíticos, a Heineken manteve sua previsão de crescimento orgânico no lucro operacional ajustado entre 4% e 8% para 2025. A empresa destacou que os recentes ajustes tarifários geram preocupações sobre possíveis impactos indiretos no setor cervejeiro, como redução na confiança do consumidor e aumento na inflação de custos.
Desafios no mercado brasileiro de cervejas
No Brasil, apesar da estagnação do mercado, a Heineken continuou apostando em sua estratégia de portfólio diversificada, especialmente no segmento de cerveja premium. Marcas como Heineken e Amstel mostraram bom desempenho em volume de vendas, mantendo a participação de mercado frente à forte concorrência no setor cervejeiro, principalmente com a Ambev.
A empresa também ressaltou a importância da gestão de riscos para enfrentar desafios como o câmbio e desvalorização da moeda local, fatores que afetam diretamente os custos de produção e importação.
Veja mais detalhes sobre as tarifas no vídeo abaixo:
Perspectivas para 2025
Apesar da queda de 2,1% no volume total de cerveja vendida no trimestre, a Heineken considera fatores sazonais, como menos dias úteis e calendários festivos. Além disso, a demanda global por cerveja continua forte, especialmente nos mercados emergentes onde a empresa mantém forte presença.
O lucro operacional da Heineken foi sustentado por reajustes estratégicos nos preços e foco nas marcas premium. Com essas iniciativas, a companhia conseguiu neutralizar parcialmente o impacto das tarifas e manter a projeção positiva para o restante do ano.
Diante desse cenário, analistas e investidores seguem atentos às perspectivas para 2025, acompanhando como a empresa adaptará suas estratégias às mudanças no mercado global e às novas políticas tarifárias.