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Produção e consumo de vinhos caem para mínimos históricos com mudanças climáticas e preços em alta

Produção de vinhos cai para o menor nível em décadas devido às mudanças climáticas, inflação dos alimentos e mudanças nos padrões de consumo global.
Produção de vinhos cai para o menor nível em décadas devido às mudanças climáticas e inflação dos alimentos.
A produção de vinhos mundial atingiu o menor volume em 60 anos devido aos impactos climáticos e econômicos. Fonte: Canva.

Em 2024, a produção e o consumo global de vinhos atingiram os níveis mais baixos em seis décadas, afetados por uma série de fatores econômicos, climáticos e comportamentais. Segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), a produção mundial de vinhos caiu 5%, totalizando 226 milhões de hectolitros, o menor volume desde 1961. As mudanças climáticas, como geadas, secas e chuvas intensas, estão entre os principais fatores que impactaram a produção de vinhos, refletindo diretamente no custo de produção. Além disso, fatores como a inflação dos alimentos aumentaram ainda mais os preços, o que influencia o mercado de vinhos global.

Clima e inflação impactam a produção de vinhos

O impacto das mudanças climáticas na produção de vinhos foi um dos principais fatores por trás da queda observada em 2024. A OIV destaca que, além das condições climáticas adversas, a inflação também exerceu um papel crucial, elevando os custos de produção. O Brasil, que é o terceiro maior produtor de vinhos da América do Sul, viu sua produção diminuir em 41%, devido a chuvas intensas no Rio Grande do Sul e a surtos de doenças fúngicas nos vinhedos. Nesse cenário, o conceito de sustentabilidade agrícola ganha importância, pois muitas vinícolas buscam alternativas para mitigar os impactos das mudanças no clima global.

Mudanças no consumo global de vinhos

O mercado de vinhos também passou por uma queda de 3,3% no consumo em 2024, chegando a 214 milhões de hectolitros, o menor nível desde 1961. A inflação dos alimentos, especialmente no preço do vinho, contribuiu para essa redução, refletindo a tendência de consumo mais cautelosa de consumidores em mercados tradicionais. Apesar disso, o vinho continua a ser consumido em 195 países, e há uma perspectiva de crescimento em mercados emergentes, como a China e a Índia, com potencial para aumentar as exportações de vinhos. A crescente demanda por vinhos premium, mais caros e exclusivos, também está em alta, refletindo uma mudança nas preferências dos consumidores.

Vinhos mais caros: tendência ou necessidade?

Apesar da queda no volume produzido, os preços dos vinhos permanecem elevados. O preço do vinho exportado manteve-se estável em 3,60 euros por litro, refletindo um aumento no preço do vinho no Brasil também. Portanto, esse cenário de preços elevados reflete uma tendência crescente de sofisticação do mercado, com um aumento na procura por vinhos premium e mais caros. A OIV destaca que vinhos mais caros se consolidaram, impulsionados pelas mudanças climáticas e pela transformação nos padrões de consumo, priorizando opções exclusivas e sustentáveis.

xpectativas para o futuro da produção de vinhos

Com a continuidade dos desafios climáticos e econômicos, o futuro do mercado de vinhos permanece incerto. A OIV reforça que, embora o equilíbrio entre oferta e demanda ainda seja mantido, os estoques regionais continuam desiguais. Além disso, o comércio internacional de vinhos permaneceu estável, com exportação de vinhos totalizando 99,8 milhões de hectolitros. Para o setor, o desafio será adaptar-se às novas realidades climáticas e às mudanças no comportamento do consumidor. Ademais, o investimento em vinhedos sustentáveis e práticas mais responsáveis será essencial para garantir a continuidade do negócio vinícola a longo prazo.

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