A Voepass pede recuperação judicial é o novo capítulo da crise enfrentada pela companhia aérea regional. A empresa entrou com pedido oficial na Justiça após ter seus voos suspensos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), devido a falhas de segurança operacional. A suspensão de voos pela Anac teve impacto direto na malha aérea regional no Brasil e acendeu o alerta sobre a crise no setor aéreo brasileiro.
Com um passivo declarado de mais de R$ 215 milhões, a dívida da Voepass inclui débitos trabalhistas e acordos não cumpridos com fornecedores e credores internacionais. O cenário se agravou após o acidente em Vinhedo (SP), em 2024, que matou 62 pessoas e reacendeu o debate sobre o histórico de acidentes da Voepass e a segurança operacional no setor aéreo.
Voepass pede recuperação judicial, veja o impacto no mercado
A companhia já havia iniciado uma reestruturação interna antes do pedido de recuperação judicial, com demissões e suspensão de acordos. Contudo, a paralisação total das atividades e os impasses com a parceria Voepass e LATAM, que representava 93% do faturamento, aceleraram a crise.
A recuperação judicial no setor aéreo tem sido uma alternativa cada vez mais comum entre empresas com dificuldades financeiras, especialmente em um ambiente de alta nos custos operacionais e baixa previsibilidade de receita. Segundo especialistas, o impacto da recuperação judicial no mercado pode ser sentido em toda a cadeia de fornecimento da aviação regional.
Voepass pede recuperação judicial, veja mais detalhes no vídeo abaixo:
A Voepass pede recuperação judicial e tenta agora preservar parte de sua frota, manter contratos regionais e buscar novos acordos para sobreviver à turbulência. A regulação da aviação civil brasileira será crucial para garantir uma saída viável.
As perspectivas para a aviação regional dependerão da capacidade das companhias de se adaptarem ao novo cenário econômico e regulatório.