O setor da construção civil no Brasil registrou crescimento de 17% nas vendas de apartamentos no primeiro bimestre do ano, enquanto os lançamentos recuaram 7% no mesmo período, segundo relatório da CBIC. Apesar do avanço nas vendas, o cenário de juros altos segue limitando o mercado. O panorama atual, segundo a CBIC construção civil, reflete os impactos da taxa Selic, hoje em 14,25% ao ano — a mais alta desde 2016.
Construção civil no Brasil: impacto da Selic no mercado imobiliário trava novos projetos
A expectativa é de que a taxa de juros suba ainda mais após a reunião do Copom. Segundo a CBIC, o Índice de Confiança do Empresário da Construção caiu para 47,2 pontos, o menor patamar desde 2020. O custo elevado do crédito, alimentado pela Selic, afeta o financiamento imobiliário Brasil, encarecendo projetos e desestimulando o planejamento de novos lançamentos imobiliários 2025.
De acordo com o relatório, os recursos da poupança, tradicionalmente usados no financiamento habitacional, sofreram fuga de R$ 34,6 bilhões no primeiro trimestre. Esse esvaziamento compromete uma das principais fontes de crédito para o setor. A taxa Selic e construção civil seguem diretamente conectadas, afetando o ritmo dos empreendimentos e o investimento em imóveis 2025.
Veja mais detalhes sobre o impacto dos juros no mercado imobiliário e no setor da construção civil no Brasil:
Programa Minha Casa Minha Vida pode impulsionar setor
A CBIC aposta na nova faixa do Programa Minha Casa Minha Vida, voltada para famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. Com subsídio e juros mais baixos, a proposta visa mitigar os impactos da Selic no mercado imobiliário e estimular o crescimento vendas imóveis.
Apesar dos desafios, o panorama construção civil Brasil mostra resiliência: 100 mil vagas formais foram criadas no setor no 1º trimestre. O custo da construção civil, porém, permanece elevado, com o INCC acumulando alta de 7,54% em 12 meses. Mesmo assim, a entidade mantém projeção de crescimento de 2,3% para 2025, reforçando as perspectivas mercado imobiliário positivas para o segundo semestre.