A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (13) mais uma etapa da Operação Sisamnes, com foco em um esquema de lavagem de dinheiro no STJ (Superior Tribunal de Justiça). A ação envolve 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso e no Distrito Federal, como parte de uma ampla investigação criminal.
A 5ª fase da operação expõe um complexo esquema financeiro, que utilizava documentos fiscais falsificados, empresas de fachada e instituições financeiras para dissimular recursos ilícitos oriundos da suposta compra de decisões no STJ. A meta é romper o vínculo entre os envolvidos e as sentenças adquiridas por meio de corrupção.
Operação policial revela rede de lavagem de dinheiro no STJ
Segundo a Polícia Federal, a rede criminosa lavava dinheiro por meio de transações suspeitas operadas por laranjas, corretores e casas de câmbio. A fraude financeira envolvia movimentações em larga escala, dificultando o rastreamento dos valores.
Essa operação policial cumpre mandados e determina o sequestro de cerca de R$ 20 milhões em bens, além da apreensão de passaportes e da proibição de saída do país dos investigados. Os envolvidos devem responder por lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas, operação irregular de câmbio e organização criminosa.
Polícia Federal mira esquema financeiro estruturado para ocultar recursos ilícitos
A nova fase da Operação Sisamnes mostra que o esquema financeiro contava com múltiplas camadas para ocultar a origem dos recursos ilícitos. Empresas registradas em nome de terceiros, chamadas de “laranjas”, eram usadas para emitir documentos fiscais simulando operações legítimas.
Essas práticas visavam disfarçar as propinas pagas por empresários que buscavam decisões judiciais favoráveis no Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com a investigação, os operadores utilizavam o mercado de câmbio paralelo e transferências fracionadas para escapar de alertas de auditoria.
Corrupção no STJ gera prejuízo econômico e demanda reforço em compliance
A Polícia Federal aponta que o suposto esquema de lavagem de dinheiro no STJ pode ter causado prejuízo econômico bilionário, considerando os impactos nas decisões judiciais e na confiança das instituições.
Assim, esse cenário reforça a necessidade de políticas rigorosas de compliance, especialmente em grandes escritórios de advocacia, empresas e no próprio Judiciário. Além disso, o uso indevido de instituições financeiras para viabilizar fraudes financeiras exige também ações preventivas e maior integração entre órgãos de controle.
Investigações sobre lavagem de dinheiro no STJ devem se intensificar
O avanço da investigação criminal indica que a Polícia Federal deve aprofundar a coleta de provas e ampliar o mapeamento de transações suspeitas. Portanto, novas fases da operação policial não estão descartadas, e a expectativa é de que outros envolvidos sejam identificados nos próximos dias.
Além disso, com a continuidade das ações, a Operação Sisamnes se consolida como uma das mais relevantes no combate à lavagem de dinheiro no STJ, lançando luz sobre os riscos sistêmicos que a corrupção representa para o país. Ademais, o foco, agora, é assegurar a responsabilização dos envolvidos e evitar que novos esquemas financeiros se consolidem dentro das instituições.