A Oi registrou lucro líquido de R$ 1,67 bilhão no primeiro trimestre de 2025. O resultado contrasta com o prejuízo de R$ 2,78 bilhões apurado no mesmo período do ano passado. Esse salto no lucro está diretamente ligado à venda da unidade de banda larga para a V.tal, finalizada em fevereiro, o que gerou R$ 3,7 bilhões em ganhos para a Oi.
O desempenho também foi favorecido pela queda das despesas financeiras, influenciada pela valorização do real em relação ao dólar. Com isso, a companhia conseguiu aliviar parte da dívida externa, mesmo mantendo consumo elevado de caixa.
A venda da banda larga salvou o trimestre?
Além do efeito da alienação de ativos, o resultado financeiro da Oi melhorou. A despesa líquida foi de R$ 235 milhões, valor 90% menor que o de 2024. O fortalecimento da moeda brasileira reduziu a pressão sobre dívidas em dólar e colaborou com a reversão no resultado.
O Ebitda, que mede o desempenho operacional, subiu para R$ 3,26 bilhões, contra um número negativo um ano antes. Já o Ebitda de rotina, excluindo ganhos pontuais, ficou negativo em R$ 433 milhões, queda relevante.
Receita segue em queda com reestruturação dos negócios
A receita líquida da empresa caiu 34,3%, totalizando R$ 1,43 bilhão no trimestre. Essa retração é explicada pela saída dos serviços de banda larga e TV por assinatura. A Oi Soluções, negócio corporativo remanescente, teve receita de R$ 371 milhões, 22% a menos do que em 2024.
No lado dos custos, houve redução de quase 20%, com cortes em pessoal, contratos com terceiros e aluguéis. A única alta foi nas despesas com manutenção da rede, que ainda exige investimentos
O lucro da Oi indica uma virada ou é só fôlego momentâneo?
Apesar do lucro da Oi, o caixa continua sob pressão. A empresa consumiu R$ 523 milhões no trimestre, alta de 54%. A justificativa está nos gastos para manter redes antigas e obrigações operacionais. Ainda assim, a dívida líquida caiu para R$ 9,8 bilhões, 61% a menos que um ano atrás.