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Banco do Brasil decepciona: lucro vem abaixo do esperado no 1º trimestre de 2025

Banco do Brasil lucra R$ 7,37 bi no 1º trimestre, queda de 20,7%. Nova norma do BC e inadimplência puxam resultado abaixo do esperado.
Lucro do Banco do Brasil cai 20,7% no 1º trimestre e fica abaixo do previsto. Nova regra do BC e inadimplência pressionam o resultado.
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O lucro do Banco do Brasil apresentou queda no primeiro trimestre de 2025, encerrando o período em R$ 7,374 bilhões. O resultado representa recuo de 23% em relação ao quarto trimestre de 2024 e de 20,7% na comparação anual. O desempenho ficou abaixo da expectativa de analistas que estimavam R$ 9,093 bilhões.

Segundo a instituição, parte da queda decorre da resolução 4966 do Banco Central. A norma alterou a forma de reconhecer perdas esperadas e afetou o registro de receitas. Com a nova regra, o banco deixou de contabilizar cerca de R$ 1 bilhão em juros de operações de crédito consideradas de risco elevado.

A nova regra impactou diretamente os resultados do Banco do Brasil?

O lucro do BB sofreu o reflexo direto da mudança na contabilidade. A margem financeira bruta também encolheu, atingindo R$ 23,881 bilhões — queda de 10,9% no trimestre e de 7,2% em 12 meses. A carteira de crédito ampliada seguiu em alta, chegando a R$ 1,278 trilhão, o que representa aumento de 14,4% na comparação anual.

Por outro lado, o avanço da inadimplência preocupa. O índice atingiu 3,9% em março, em relação a 3,3% em dezembro de 2024 e 2,9% no mesmo mês do ano anterior.

Qual o peso do crédito rural nos custos do Banco do Brasil?

O custo de crédito cresceu 9,6% em relação ao trimestre anterior e 18,9% em 12 meses, alcançando R$ 10,152 bilhões. A principal origem dessa pressão foi a carteira de agronegócio, cuja inadimplência subiu para 3,04%. Mesmo com boas perspectivas para a safra de 2025, o banco lida com o passivo da colheita 2023/2024 e os efeitos de recuperações judiciais no setor.

No mesmo período, as receitas com serviços do Banco do Brasil totalizaram R$ 8,361 bilhões, com retração de 9% em relação ao trimestre anterior. Já as despesas administrativas ficaram em R$ 9,496 bilhões, praticamente estáveis na comparação trimestral, mas 7% maiores em um ano.

O resultado fraco indica mudança na estratégia?

Com retorno sobre o patrimônio caindo de 20,8% para 16,7%, o Banco do Brasil enfrenta pressão para reavaliar prioridades. Apesar disso, manteve sua solidez: o Índice de Basileia alcançou 14,14%, com 10,97% em capital principal.

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