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Queda de preços do frango é prevista após surto de gripe aviária

Queda de preços do frango no Brasil é prevista pelo Citi após suspensão de exportações. Excesso de oferta pode afetar carne bovina. A manutenção dessa tendência dependerá da resposta do mercado internacional e da capacidade de reorganização do setor avícola nacional. A recuperação das exportações será crucial para definir os rumos dos preços internos.
A imagem mostra frangos para representar a queda de preços do frango é prevista após surto de gripe aviária
Queda de preços do frango é prevista após surto de gripe aviária. Foto: Canva

A queda de preços do frango no Brasil pode se intensificar nos próximos meses. É o que prevê o banco Citi, em relatório divulgado após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial brasileira. Segundo a análise, a suspensão parcial das exportações de carne de frango deve gerar um excesso de oferta no mercado interno, pressionando os preços da proteína para baixo.

Com o bloqueio temporário de embarques para países importadores — como a China, principal destino do frango brasileiro — o volume que antes era exportado tende a ficar no mercado doméstico. A expectativa é de um impacto em cadeia, com reflexos também sobre os preços da carne bovina, especialmente nos cortes mais baratos.

Queda de preços do frango pode afetar outras proteínas

O relatório do Citi projeta uma “inundação de frango” no mercado interno. De janeiro a abril de 2025, o Brasil exportou 1,7 milhão de toneladas da proteína. Só a China respondeu por 200 mil toneladas. Com a interrupção de parte dessas exportações, haverá aumento expressivo da disponibilidade de frango nos supermercados e atacados brasileiros.

Essa queda de preços do frango deve levar muitos consumidores a substituírem a carne bovina pela proteína mais acessível. Como consequência, a demanda por cortes bovinos pode diminuir, pressionando para baixo os preços do gado no mercado futuro. De fato, os contratos de boi gordo já recuaram, com preços abaixo de R$ 330 por arroba, os menores desde março.

Setor observa com atenção os impactos da queda de preços do frango

Apesar da expectativa de alívio para o consumidor, o cenário não é positivo para todos. Grandes empresas do setor até podem redirecionar parte da produção ou aumentar estoques temporariamente. No entanto, margens apertadas tendem a desestimular a produção no médio prazo, especialmente se a suspensão das exportações durar mais de 60 dias.

Segundo o Citi, caso o bloqueio seja revertido rapidamente — como no episódio do vírus de Newcastle — os preços podem se estabilizar ainda no segundo semestre. Caso contrário, produtores podem reduzir a oferta futura, o que traria um efeito de compensação e possível alta nos preços de ovos e frango no fim do ano.

Além disso, a queda de preços do frango pode alterar a dinâmica de consumo das famílias brasileiras, influenciando decisões de compra, substituição de proteínas e planejamento orçamentário. O momento é de atenção tanto para o varejo quanto para o setor produtivo.

Veja mais detalhes sobre a queda de preços do frangos no vídeo abaixo:

Queda de preços do frango pode aliviar inflação de alimentos

A queda de preços do frango também deve influenciar os indicadores de inflação no curto prazo. Como a carne de frango tem grande peso na cesta básica, uma redução nos preços tende a aliviar a pressão inflacionária nos alimentos. Esse movimento pode ser pontual, mas já é observado por analistas como uma tendência para os próximos meses.

Contudo, a manutenção dessa tendência dependerá da resposta do mercado internacional e da capacidade de reorganização do setor avícola nacional. A recuperação das exportações será crucial para definir os rumos dos preços internos.

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