A BMW da esposa de ministro foi apreendida pela Polícia Federal durante a Operação Sem Desconto. Avaliado em R$ 350 mil, o veículo modelo X1 estava registrado em nome de Thallys Mendes dos Santos de Jesus e foi localizado na casa de Romeu Carvalho Antunes. Ele é filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como figura central no esquema investigado.
O grupo é acusado de aplicar descontos ilegais em aposentadorias e pensões, utilizando entidades de fachada. A PF identificou R$ 31 milhões em repasses a “Careca do INSS”. Desse valor, R$ 9,3 milhões foram repassados a pessoas ligadas a gestores do INSS entre 2023 e 2024. Nesse sentido, a BMW da esposa de ministro passou a ser vista como evidência importante.
Histórico político e denúncias anteriores contra Jhonatan de Jesus
Jhonatan de Jesus é médico e ex-deputado federal por Roraima. Ele exerceu quatro mandatos consecutivos entre 2011 e 2023, antes de ser nomeado ministro do TCU. Além disso, é filho do senador Mecias de Jesus e já presidiu a Comissão de Minas e Energia da Câmara. Sua atuação em votações importantes inclui apoio ao impeachment de Dilma Rousseff e à PEC do teto de gastos.
Durante a pandemia, seu nome apareceu em depoimento à PF. Um ex-servidor da Secretaria de Saúde de Roraima afirmou ter sofrido pressão de um grupo político, do qual Jhonatan faria parte, para direcionar licitações públicas. A denúncia citava também o senador Chico Rodrigues.
BMW da esposa de ministro foi vendida antes da operação
O ministro afirmou, por meio de nota, que a BMW foi adquirida legalmente em 2024 por sua esposa. Pouco tempo depois, ela teria sido vendida a um lobista, ainda antes da operação da PF. Por isso, Jhonatan de Jesus nega qualquer relação com os investigados. A venda, segundo ele, foi intermediada por terceiros.
PF mantém apuração sobre o caso da BMW da esposa de ministro
A investigação continua. A Polícia Federal analisa documentos e contratos para rastrear conexões entre os bens e o núcleo do esquema. A BMW da esposa de ministro virou símbolo de um caso que conecta fraudes no INSS a figuras da alta administração pública.