Nesta sexta-feira (23), o preço do Bitcoin recua levemente, após alcançar uma nova máxima histórica acima de US$ 112 mil. Ainda assim, a principal criptomoeda do mercado mantém valorização de 5% nos últimos sete dias. O movimento ocorreu apesar da declaração de Trump sobre tarifas, o que reacendeu o debate sobre o impacto das tarifas de importação nas criptomoedas.
ETFs sustentam valorização do Bitcoin mesmo com tensão comercial
O mercado de criptomoedas teve forte impulso na semana, com destaque para os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, que registraram entradas líquidas de US$ 934,8 milhões. O IBIT, da BlackRock, liderou com US$ 877,2 milhões.
Desde a liberação desses fundos em 2024, o valor total sob gestão já supera US$ 114 bilhões. Esse avanço reflete a crescente confiança de investidores institucionais, interessados em investir em Bitcoin com mais segurança. Para muitos, o movimento atual sinaliza um cenário otimista para o futuro do Bitcoin.
Bitcoin ganha espaço nas carteiras institucionais
Analistas projetam que os ETFs de Bitcoin 2025 representarão até 5% das carteiras de fundos de pensão e hedge funds. A estrutura do mercado evoluiu, com mais liquidez, governança e integração com o setor financeiro tradicional, incluindo comparações com ações e criptomoedas.
Além disso, o interesse por blockchain e soluções de custódia contribui para atrair novos perfis de investidores, incluindo aqueles que ainda avaliam a escolha entre Bitcoin ou dólar como reserva de valor.
Políticas comerciais reforçam debate sobre criptoativos
A declaração de Trump sobre uma nova tarifa de 50% para produtos da União Europeia elevou a tensão sobre a guerra comercial e criptomoedas. Ainda assim, o Bitcoin em alta indica que os investidores continuam vendo o ativo como proteção diante de incertezas políticas e econômicas.
Em paralelo, estados como Texas e New Hampshire aprovaram leis que permitem investir fundos públicos em Bitcoin. No nível federal, o GENIUS Act, que propõe diretrizes para stablecoins, também fortaleceu a narrativa pró-regulação. Portanto, esses fatores têm impulsionado a análise de Bitcoin como ativo estratégico em tempos de instabilidade.
Preço pode romper novo teto com apoio institucional
Apesar da realização de lucros após a máxima histórica, analistas acreditam que o preço do Bitcoin pode alcançar novos patamares em breve. Para Mychel Mendes, da Tokeniza, o nível de US$ 120 mil pode ser rompido já no próximo trimestre, sustentado pelo retorno de investidores que buscam exposição antes de um novo ciclo de alta.
Segundo Sarah Uska, da Bitybank, o momento é simbólico: o Bitcoin superou o valor de mercado da Amazon e vive um novo ciclo de valorização. Além disso, comparações como Ethereum vs Bitcoin também ganham espaço no debate entre investidores que querem entender as vantagens competitivas de cada ativo.
Por fim, Rony Szuster, do Mercado Bitcoin, ressalta que “o movimento atual é mais maduro e sustentado que em ciclos anteriores”. Ademais, o ambiente regulatório mais estável e a crescente presença institucional diferenciam de anos anteriores, reforçando o protagonismo do Bitcoin 2025 no mercado global.