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União Europeia cobra explicações sobre novas tarifas de importação EUA

Bloco europeu cobra explicações de Washington e prepara possíveis retaliações após nova ameaça tarifária dos EUA.
Autoridades da União Europeia em reunião sobre tarifas de importação dos EUA
Reunião da Comissão Europeia após ameaça dos EUA de impor tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia. Foto: Canva.

A União Europeia pediu esclarecimentos após Trump ameaçar impor novas tarifas de importação EUA de até 50% sobre produtos europeus.

A declaração do ex-presidente Donald Trump gerou reações imediatas em Bruxelas. A ameaça de aumentar para 50% as tarifas sobre itens da UE acendeu um alerta entre autoridades europeias e pressionou os mercados globais. A Comissão Europeia já enfrenta tarifas de importação União Europeia de 25% sobre aço, alumínio e automóveis, além de 10% sobre outros produtos.

Reações da União Europeia indicam tensão comercial crescente

As novas tarifas de importação EUA são vistas por especialistas como uma tentativa de barganha dentro da disputa comercial EUA e UE.

A Comissão Europeia informou que aguarda um diálogo direto entre o comissário de Comércio, Maros Sefcovic, e o representante dos EUA, Jamieson Greer. Enquanto isso, os mercados reagiram: bolsas caíram, o dólar perdeu força e o euro oscilou. Para Holger Schmieding, economista da Berenberg, a medida “obrigaria a UE a revidar, afetando as duas economias”.

Ameaça tarifária antes de reunião decisiva em Paris

Trump sinalizou que a nova rodada de tarifas comerciais globais pode entrar em vigor já em 1º de junho.

Negociadores europeus acreditam que a medida é uma estratégia de pressão antes da próxima reunião bilateral marcada para o início de junho. A UE tenta manter uma abordagem diplomática, oferecendo acordos como compra de gás natural liquefeito e soja dos EUA, além de eliminar barreiras industriais. Assim, esses movimentos são típicos em acordos comerciais internacionais.

Pressão política dos EUA pode travar acordos comerciais

A lista de exigências dos EUA inclui fim das taxas sobre serviços digitais e adesão a padrões alimentares norte-americanos — parte da política comercial dos EUA.

Esses pontos geram resistência em países como França e Alemanha. Além disso, o ministro francês do Comércio, Laurent Saint-Martin, criticou as ameaças, afirmando que não contribuem para um entendimento mútuo. A UE defende “tarifa zero por tarifa zero”, como reiterou o chanceler italiano Antonio Tajani.

Retaliações da União Europeia estão no radar

Desse modo, a Comissão Europeia já preparou contramedidas caso as tarifas de importação EUA entrem em vigor. Entre elas, uma lista de produtos americanos que poderão ser taxados.

Assim, a proposta visa manter equilíbrio no comércio internacional e tarifas, especialmente após uma série de tensões anteriores, como a guerra comercial EUA-China, que já causou impactos no comércio global.

Tarifas de importação dos EUA elevam risco de recessão na Europa

Economistas apontam que o impacto direto das tarifas de importação pode levar a uma retração na economia dos EUA e também no bloco europeu.

Segundo o Citigroup, a imposição da taxa de 50% teria reflexos severos no crescimento europeu. Além disso, o impacto das tarifas no mercado financeiro pode afastar investidores de ambos os lados do Atlântico. Ademais, a preocupação cresce entre analistas que avaliam como investir na economia dos EUA diante desse cenário.

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