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Mercosul deve anunciar acordo de livre comércio em julho

Blocos finalizam detalhes do acordo de livre comércio Mercosul Efta, que deve ser anunciado na próxima cúpula na Argentina, em julho.
Negociadores discutem acordo de livre comércio Mercosul Efta em reunião internacional
Delegações do Mercosul e da EFTA finalizam detalhes do acordo de livre comércio Mercosul Efta durante cúpula na Argentina. Foto: Divulgação

O acordo de livre comércio Mercosul-Efta deve ser anunciado na próxima cúpula do Mercado Comum do Sul, prevista para julho na Argentina, após avanços significativos nas negociações.

O tratado entre o Mercosul-EFTA, formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, contempla temas essenciais para o comércio internacional, como tarifas alfandegárias, regras de origem, compras governamentais e serviços financeiros. A conclusão marca uma nova etapa nas relações comerciais internacionais entre os blocos.

Mercosul-EFTA finaliza negociação estratégica para comércio global

As tratativas entre o Mercosul-EFTA foram retomadas com intensidade nos últimos meses. De acordo com fontes diplomáticas, quase todos os capítulos do acordo de livre comércio estão fechados, faltando apenas ajustes técnicos para o anúncio oficial.

O acordo prevê a redução gradual de tarifas alfandegárias, estímulo aos investimentos diretos estrangeiros (IDE) e regras específicas para áreas sensíveis, como propriedade intelectual e investimentos sustentáveis.

Além disso, os blocos avançaram no tema da facilitação de comércio, reduzindo barreiras burocráticas e agilizando processos aduaneiros. A convergência regulatória também deve favorecer a integração das cadeias de valor globais, fortalecendo o papel do Mercosul no comércio internacional.

Compras públicas e meio ambiente influenciam o tratado final

Durante as negociações, o Brasil propôs ajustes no capítulo de compras governamentais, buscando preservar espaço para políticas industriais voltadas ao desenvolvimento nacional. O pedido foi aceito, desde que respeitadas as diretrizes do tratado.

Assim, um dos pontos de atenção segue sendo o meio ambiente. Os países da EFTA solicitaram um protocolo adicional sobre sustentabilidade, algo similar ao exigido no acordo Mercosul-União Europeia. A inclusão de cláusulas relacionadas a investimentos sustentáveis foi considerada um avanço, embora a ratificação ainda dependa de fatores políticos, como possíveis plebiscitos na Suíça.

Acordo de livre comércio Mercosul Efta pode atrair novos investimentos

A entrada em vigor do acordo de livre comércio Mercosul Efta promete impulsionar as relações comerciais internacionais do bloco sul-americano, ampliando o acesso a novos mercados e fortalecendo setores estratégicos como serviços financeiros, tecnologia e agronegócio.

Portanto, o tratado também cria oportunidades para exportadores que poderão se beneficiar das regras de origem flexíveis e da abertura gradual dos mercados. Além disso, investidores estrangeiros esperam um ambiente mais previsível e atrativo para investimentos diretos estrangeiros (IDE), favorecendo a geração de empregos e inovação.

Portanto, ao seguir o modelo de integração já explorado no acordo Mercosul-União Europeia, o tratado com a EFTA fortalece o Mercado Comum do Sul em sua estratégia de inserção competitiva nas cadeias de valor globais e no cenário do comércio multilateral.

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