Brasil vira referência em tokenização ao alcançar R$ 1,3 bilhão em ativos digitais movimentados em 2024, segundo dados da CVM e da ABcripto.
O avanço da tokenização no Brasil deixou de ser promessa e se tornou uma realidade concreta. Com R$ 1,3 bilhão em ativos tokenizados movimentados no último ano, o país se posiciona entre os principais mercados do mundo no uso de blockchain para democratizar o acesso ao capital e modernizar operações financeiras.
Esse movimento acelerado mostra por que o Brasil vira referência em tokenização: a combinação entre infraestrutura moderna, como o Pix, regulação favorável e inovação empresarial tem impulsionado um novo ecossistema digital, cada vez mais robusto e diversificado.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as ofertas públicas via crowdfunding cresceram 300% no período, puxadas principalmente por tokens lastreados em imóveis, recebíveis, ativos do agronegócio e até direitos de imagem de atletas.
Iniciativas reais demonstram maturidade do ecossistema
O estudo “Tokenização no Brasil – Um estudo qualitativo”, lançado pela ABcripto, reforça que o Brasil vira referência em tokenização com base em experiências práticas. Um dos casos emblemáticos envolve tokens agrícolas usados como meio de pagamento, envolvendo mais de 600 mil hectares em operação.
Outro exemplo de destaque é a emissão de tokens imobiliários que entregaram 137,5% do CDI aos investidores até 2023. Já em 2024, surgiram iniciativas ligadas à dolarização de carteiras e à estruturação de crédito, com redução de 17% no custo de capital e 35% nas despesas operacionais.
Com o ambiente regulatório avançando — por meio da Resolução CVM nº 88, do desenvolvimento do Drex e da Lei 14.478/2022 — o setor vem ganhando escala e atratividade para investidores institucionais e de varejo.
Brasil vira referência em tokenização, veja mais detalhes no vídeo abaixo:
Regulação pró-inovação é diferencial brasileiro
Um dos fatores-chave para que o Brasil vire referência em tokenização está na atuação colaborativa de reguladores como CVM e Banco Central. Ambos têm adotado posturas construtivas, criando mecanismos legais e tecnológicos que dão segurança para a inovação.
A criação do Drex, o real digital, é vista como um marco para o futuro das transações tokenizadas no país. O ativo deve permitir liquidação instantânea de operações tokenizadas com rastreabilidade total, ampliando ainda mais o uso da tecnologia blockchain em transações do cotidiano.
Para a ABcripto, o cenário brasileiro é hoje um exemplo mundial de como alinhar ambição digital, responsabilidade regulatória e participação ativa do setor privado.
Tokenização avança como motor de inclusão financeira
Com ferramentas que permitem a digitalização e negociação eficiente de imóveis, precatórios, recebíveis e outros ativos, a tokenização vem se tornando um vetor real de inclusão financeira no Brasil. O modelo permite acesso a investimentos antes restritos a grandes instituições, abrindo novas oportunidades para pessoas físicas e pequenos negócios.
Ao consolidar esse ecossistema, o Brasil vira referência em tokenização não apenas pela tecnologia adotada, mas pela transformação concreta em modelos de negócio, com mais liquidez, transparência e automação.
O país já tem o ambiente, a infraestrutura e o capital humano necessários. Agora, o desafio é escalar com responsabilidade — e manter o protagonismo nessa nova fronteira da economia digital.