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Ouro recua com alívio nas tensões comerciais entre EUA e UE

Alívio nas tensões comerciais entre EUA e UE reduz procura por ouro como ativo de refúgio e pressiona preço do metal no mercado internacional.
Gráfico mostra como o ouro recua após tensões comerciais diminuírem entre EUA e UE
Cotação do ouro em queda após adiamento de tarifas dos EUA contra União Europeia reacender otimismo nos mercados globais. Foto: Canva.

Ouro recua 1,9% após sinalizações de acordos comerciais entre Estados Unidos e União Europeia diminuírem a procura por ativos de refúgio no mercado financeiro.

O ouro teve um dia negativo nesta terça-feira (27), com queda de 1,94% na Comex. O contrato futuro de junho fechou cotado a US$ 3.300,4 por onça-troy, refletindo o movimento de saída dos investidores após sinais de melhora nas relações entre EUA e UE. A redução nas tensões comerciais diminuiu a demanda pelo metal, tradicionalmente visto como proteção contra riscos econômicos.

Ouro recua com adiamento de tarifas e melhora nas relações comerciais

O recuo do ouro foi influenciado por um telefonema entre Donald Trump e Ursula von der Leyen, que resultou no adiamento das tarifas de 50% sobre produtos europeus para 9 de julho. O gesto foi visto como avanço nas negociações bilaterais e gerou alívio nos mercados.

Analistas da Nymex explicam que esse movimento provocou uma correção de preço no metal. A percepção de que novas ações diplomáticas estão em andamento motivou investidores a buscarem ativos com maior risco, afastando-se temporariamente do ativo de refúgio.

Ouro recua mesmo com dólar fraco e compras da China

Apesar da queda do ouro, fatores de sustentação ainda permanecem. O dólar enfraquecido e o aumento das reservas de ouro pelo Banco do Povo da China mantêm o metal relevante para o portfólio de proteção.

Especialistas como Rhona O’Connell, da StoneX, destacam que a rápida mudança na postura tarifária dos EUA gerou uma reação intensa no mercado. “A volatilidade segue alta, e a incerteza econômica ainda não foi eliminada”, afirma.

Calendário econômico dos EUA pode influenciar nova alta

Além dos sinais diplomáticos, o calendário econômico norte-americano terá impacto direto na precificação do ouro. Além disso, a divulgação da ata do Federal Reserve, a nova estimativa do PIB e o índice PCE podem reverter ou intensificar a tendência de queda.

Segundo David Morrison, da Trade Nation, “os próximos dados serão cruciais. Qualquer surpresa pode reacender o interesse pelo ouro como ativo de refúgio, especialmente em um ambiente ainda carregado de riscos”.

Investidores monitoram cada sinal de volatilidade

Mesmo com o cenário de queda do ouro, os investidores seguem atentos aos desdobramentos nas relações entre EUA e UE. A expectativa de acordos comerciais sustentáveis poderá manter a tendência de baixa, mas qualquer sinal de ruptura pode inverter rapidamente o movimento.

Desse modo, o fato de o ouro recuar nesta sessão não elimina sua importância no mercado financeiro. Pelo contrário, reforça o papel do metal como termômetro da volatilidade e da incerteza econômica global. Ademais, a depender dos próximos dados e decisões políticas, novas reações podem surgir.

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