A Volvo anunciou na segunda-feira (26) um plano de demissão que atingirá 3 mil funcionários. Os desligamentos fazem parte de uma reestruturação para enfrentar os desafios atuais da indústria automotiva. A maior parte dos cortes será feita na Suécia, mas a medida abrangerá todas as regiões onde a empresa atua.
Esse plano de demissão ocorre em meio a um cenário de queda na demanda por veículos elétricos e aumento da concorrência de montadoras chinesas no mercado global. A Volvo busca, assim, ajustar sua operação para garantir maior resistência diante das mudanças do setor.
Qual o impacto do plano de demissão da Volvo?
As demissões correspondem a 15% do quadro global da Volvo, incluindo cerca de 1,2 mil vagas na Suécia e aproximadamente mil posições de consultores, principalmente no país. Segundo Håkan Samuelsson, presidente e CEO da Volvo Cars, a empresa precisa reduzir custos e melhorar o fluxo de caixa para enfrentar o momento delicado da indústria.
A reestruturação faz parte de um plano de economia de 18 bilhões de coroas suecas (equivalente a cerca de R$ 10 bilhões). O custo estimado é de 1,5 bilhão de coroas suecas (cerca de R$ 900 milhões). Esses valores devem refletir nos resultados financeiros da companhia ao longo de 2025 e continuar afetando seus balanços até 2026.
Por que a indústria automotiva pressiona montadora a mudar?
A queda na procura por veículos elétricos influenciou diretamente a decisão da Volvo. Inicialmente, a montadora planejava produzir somente veículos elétricos até 2030, mas revisou essa meta para adotar uma estratégia que prevê entre 90% e 100% de modelos eletrificados, incluindo híbridos, até o fim da década.
Essa mudança evidencia a necessidade da Volvo se adaptar a um mercado que está em transformação, com a presença cada vez maior de concorrentes chineses, que avançam em vários países.