As ações da Azul deixarão de compor todos os índices da B3 a partir desta quinta-feira (29). A companhia aérea anunciou a medida após formalizar pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, com base no Chapter 11, equivalente à Lei de Falências americana. Ela comunicou a decisão nesta quarta-feira (28).
Os papéis da empresa, negociados sob o código AZUL4, encerraram o pregão com queda de 3,74%, cotados a R$ 1,03. No mesmo dia, o Ibovespa recuou 0,47% e fechou aos 138.888 pontos.
Quais índices deixarão de contar com ações da Azul?
Seguindo o Manual de Procedimentos da B3, a exclusão das ações da Azul afetará uma ampla lista de índices. Entre eles estão IBOV, IBXX, IBRA, IGCX, ITAG, ISEE e SMLL. A retirada será feita com base no preço de fechamento do pregão desta quinta.
A participação da empresa será redistribuída entre os demais ativos das carteiras. Esse processo inclui ajustes nos redutores para manter o equilíbrio das composições.
O que acontece com os papéis da Azul agora?
A partir da exclusão, as ações da Azul passam a ser classificadas como “Outras Condições”. Esse selo alerta o mercado sobre o novo risco envolvido na negociação dos papéis, já que a empresa entra em um período de reorganização financeira.
Esse tipo de mudança tende a afetar o interesse de fundos e investidores institucionais, reduzindo a liquidez do papel e ampliando sua volatilidade.
A situação das ações da Azul indica um momento delicado, que exige cautela. A recuperação judicial nos EUA é uma tentativa de reorganizar dívidas e manter operações, mas o caminho até uma possível retomada ainda é incerto.
O mercado deve acompanhar os próximos passos da companhia e avaliar como isso afetará seu desempenho no curto e no longo prazo.