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Perspectiva do varejo dos EUA piora e Fitch alerta para queda no Ebitda

Agência Fitch rebaixa cenário para o varejo nos EUA e projeta retração no Ebitda de grandes redes diante da pressão econômica e tarifária.
Perspectiva do varejo dos EUA piora após alerta da Fitch
Relatório da Fitch projeta queda no Ebitda e aumento do risco no varejo dos EUA. Foto: Shashank457/Wikimedia Commons

A perspectiva do varejo dos EUA em 2025 foi rebaixada pela Fitch Ratings, refletindo os riscos crescentes com tarifas, consumo enfraquecido e um cenário econômico instável.

No mais recente relatório setorial, a Fitch Ratings alterou sua análise para a perspectiva do varejo dos EUA, revisando a perspectiva de “neutra” para “deterioração”. A avaliação aponta que o setor enfrenta desafios intensos diante da volatilidade do consumo, aumento de custos e tensões comerciais. Essas condições impactam diretamente os investimentos no varejo, exigindo decisões estratégicas mais conservadoras.

Varejistas de vestuário devem registrar queda no Ebitda

Segundo o relatório, a nova perspectiva do varejo dos EUA para 2025 indica retração nas receitas de empresas de bens leves, como vestuário e calçados. Essa desaceleração deve resultar em queda no EBITDA, comprometendo os principais indicadores financeiros das companhias.

A Fitch Ratings atribui parte das dificuldades à elevação das tarifas sobre importações oriundas de países como China, Vietnã e Camboja. Isso afeta diretamente a margem de lucro das empresas, forçando promoções agressivas ou perda de competitividade. Além disso, o enfraquecimento do consumo, reflexo do cenário econômico dos Estados Unidos, tende a restringir ainda mais a geração de caixa do setor.

Fitch aponta empresas mais expostas a riscos financeiros

A análise da classificação de risco indica que empresas como Capri Holdings, Macy’s, Kohls e Nordstrom estão entre as mais vulneráveis. A alavancagem elevada e o baixo desempenho operacional aumentam os riscos de revisão negativa na análise de crédito, principalmente em um ambiente sujeito a risco sistêmico.

Já companhias como Signet Jewelers e Dillard’s demonstram maior resiliência, mantendo estruturas de capital sólidas. Mesmo assim, a tendência é de adiamento de projetos, cortes em dividendos e suspensão de recompra de ações para preservar liquidez, prática comum em períodos de instabilidade no setor de consumo.

E-commerce nos EUA cresce, mas falências no varejo preocupam

Apesar do avanço do e-commerce nos EUA, que vem ganhando participação de mercado, o ambiente físico sofre com o fechamento de lojas e redução de investimentos. As falências no varejo aumentaram, especialmente entre marcas com baixa adaptação digital, evidenciando um movimento de consolidação no setor.

Portanto, a deterioração da perspectiva do varejo dos EUA representa não apenas um alerta para os próximos trimestres, mas também um convite à adaptação em um ambiente de negócios cada vez mais volátil e digitalizado.

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