A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O número representa um salto de 71,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
O lucro contábil da Caixa, que considera efeitos extraordinários, também surpreendeu no primeiro trimestre. Atingiu R$ 5,8 bilhões, alta de 133,9% na base anual. O banco atribuiu o desempenho ao aumento das receitas de intermediação financeira e à expansão da carteira de crédito.
Lucro da Caixa no primeiro trimestre: por que o crédito imobiliário puxou os ganhos?
A Caixa Econômica Federal informou que o saldo da carteira de crédito chegou a R$ 1,266 trilhão em março. O crescimento foi de 10,7% na comparação com março de 2024.
O setor imobiliário foi o principal destaque. Com crescimento de 12,7% em 12 meses, a carteira do segmento chegou a R$ 850,4 bilhões. A Caixa segue líder nesse mercado, com 66,8% de participação.
Ainda no lucro primeiro trimestre, foram contratados R$ 49,3 bilhões em crédito habitacional da Caixa, por meio do FGTS e do SBPE. O número representa queda de 4,6% na comparação anual, mas alta de 4,6% frente ao último trimestre de 2024.
Inadimplência e rentabilidade sob controle
O índice de inadimplência da Caixa total da carteira de crédito subiu levemente, fechando o primeiro trimestre em 2,49%, prejudicando o lucro do banco. A variação representa uma alta de 0,15 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente foi de 11,8%. O avanço de 2,8 pontos percentuais reflete maior eficiência financeira, segundo o banco.
A carteira imobiliária manteve qualidade elevada, com inadimplência de 1,42% — queda de 0,3 ponto percentual frente a março de 2024.
Crescimento da Caixa com foco em crédito e eficiência no primeiro trimestre de 2025
A margem financeira da Caixa Econômica Federal cresceu 4,8% na comparação anual, somando lucro de R$ 16 bilhões no primeiro trimestre. Esse avanço foi resultado direto do aumento nas receitas com operações de crédito.
O banco destacou, em nota, o esforço para manter a sustentabilidade da carteira, mesmo diante da desaceleração em alguns setores. O foco em habitação popular e parcerias com programas federais segue como prioridade.