A nova decisão do governo norte-americano de aplicar tarifas de 50% sobre aço e alumínio importados entra em vigor e afeta diretamente as exportações brasileiras. A medida dobra a taxação anterior, de 25%, e fortalece o discurso de Donald Trump de proteger a indústria nacional americana. A medida surpreende exportadores brasileiros, que agora precisam lidar com impactos diretos nas vendas externas e nas operações industriais. O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá. As tarifas dos EUA sobre aço e alumínio representam um desafio comercial direto ao Brasil.
Setor siderúrgico sofre com tarifas dos EUA sobre aço e alumínio
Segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA, o Brasil exportou 4,1 milhões de toneladas de aço em 2024. A imposição da nova tarifa compromete parte significativa desse volume e acende o alerta entre as siderúrgicas.
Especialistas indicam que o setor precisará buscar novos mercados ou aumentar a competitividade interna, cenário que pode gerar queda de preços e margens reduzidas. Com a nova política de tarifas dos EUA sobre aço e alumínio, a pressão aumenta especialmente sobre empresas com foco em exportação.
Produção brasileira pode recuar com restrição das tarifas norte-americanas
O efeito mais preocupante da nova política tarifária é o risco de retração na produção local. Com menos espaço no mercado norte-americano, empresas como ArcelorMittal e Ternium — grandes exportadoras — devem rever estratégias. A possível queda na demanda pode desencadear cortes de produção e, em casos extremos, demissões.
Empresas e empregos sentem impacto das tarifas dos EUA sobre aço e alumínio
Segundo relatório do Itaú BBA, as empresas não listadas em bolsa, responsáveis por mais de 80% das exportações de aço, estão entre as mais vulneráveis. Multinacionais instaladas no Brasil, como a Ternium, sentem os efeitos diretos da nova alíquota.
Já empresas com atuação mais voltada ao mercado interno, como Gerdau, Usiminas e CSN, enfrentam um cenário menos crítico — embora ainda afetado pela pressão de preços no mercado doméstico. As tarifas dos EUA sobre aço e alumínio também afetam cadeias produtivas relacionadas, como mineração e logística.
Brasil busca reação diplomática e alternativas comerciais
O Instituto Aço Brasil declarou que espera diálogo entre os governos para mitigar os impactos. A diversificação de destinos comerciais também é considerada urgente, apesar da forte concorrência da China.
A pesquisadora Lia Valls, da FGV, aponta que uma parcela das exportações pode ser absorvida por países como a China, que tem interesse em produtos semifaturados. Mesmo assim, o impacto imediato no setor é inevitável, principalmente com a continuidade das tarifas dos EUA sobre aço e alumínio em vigor.
Trump amplia histórico de protecionismo com nova política comercial
A atual medida se soma ao histórico de ações protecionistas adotadas por Trump desde 2018. A nova tarifa sobre aço e alumínio se alinha à sua retórica de fortalecimento da produção doméstica e representa mais um desafio ao comércio internacional com o Brasil. Especialistas consideram as tarifas dos EUA sobre aço e alumínio como parte de uma estratégia de barganha do ex-presidente.