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STF retoma revisão da vida toda do INSS com limites

Ministro Moraes libera processos sobre a revisão da vida toda do INSS, mas mantém entendimento que limita recálculo das aposentadorias com base em contribuições antigas.
Ministro do STF analisa revisão da vida toda do INSS
Alexandre de Moraes vota no STF sobre a revisão da vida toda do INSS e libera retomada dos processos paralisados. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A revisão da vida toda do INSS volta ao centro das atenções com o voto do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou a retomada dos processos parados na Justiça. O STF iniciou um novo julgamento sobre a revisão da vida toda, e o relator Alexandre de Moraes votou pela continuidade das ações judiciais. Apesar disso, o ministro reforçou que prevalece a tese aprovada em 2024, que impede o segurado de optar por uma regra mais vantajosa na hora de se aposentar, mesmo que isso impacte negativamente a Renda Mensal Inicial.

Julgamento da revisão da vida toda do INSS continua no STF

A revisão da vida toda do INSS interessa a quem busca incluir contribuições feitas antes de julho de 1994 no cálculo final da aposentadoria. Reconhecida em 2022, a revisão da vida toda foi derrubada em 2024, após o STF aplicar a regra de transição da reforma de 1999.

De acordo com Moraes, a retomada dos processos não altera a decisão mais recente da Corte. Segundo ele, o uso do fator previdenciário, introduzido na reforma, continua sendo obrigatório no cálculo do benefício previdenciário. Assim, a revisão da vida toda fica restrita, afetando especialmente quem havia ingressado com ação judicial antes da mudança de entendimento.

Moraes propõe modulação de efeitos sobre a revisão

Mesmo mantendo o veto à revisão da vida toda do INSS, o relator propôs uma modulação dos efeitos. Ele sugeriu que o INSS não exija a devolução dos atrasados pagos judicialmente com base na tese antiga. Isso oferece segurança aos segurados que já tinham decisões favoráveis.

A modulação evita impactos financeiros maiores e respeita a jurisprudência formada anteriormente pelo STF. Ainda assim, o direito à revisão continua restrito. Muitos beneficiários também se preocupam com o prazo de decadência de 10 anos, que pode impedir novos pedidos de revisão.

Decisão de 2024 reduz alcance da revisão da vida toda

Ao julgar a Lei nº 9.876/1999, o STF fixou que o segurado não pode escolher a norma mais vantajosa. Essa decisão limita o direito à revisão da vida toda do INSS, mesmo que isso implique perdas financeiras para o segurado. A medida também afeta diretamente trabalhadores rurais classificados como segurado especial, cuja contribuição antes de 1994 era mais significativa.

Dessa forma, mesmo com a liberação dos processos, o cálculo da aposentadoria seguirá as normas atuais, desconsiderando contribuições anteriores ao Plano Real e, consequentemente, reduzindo o impacto positivo da correção monetária dessas quantias.

Aposentados devem se informar sobre a revisão da vida toda do INSS

Especialistas em Direito Previdenciário orientam aposentados e pensionistas a procurarem aconselhamento jurídico. A revisão da vida toda do INSS ainda pode ser relevante para quem já tinha ação judicial em andamento ou decisão transitada em julgado. Ademais, o entendimento final do STF sobre a revisão da vida toda afetará diretamente o INSS, os cofres públicos e os beneficiários que ainda buscam um cálculo mais justo.

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