As festas juninas devem movimentar uma economia de R$ 7,4 bilhões neste mês de junho, com impactos nos setores de comércio, turismo, vestuário e alimentação, segundo pesquisa da CNN Brasil. A projeção é baseada em estimativas ajustadas por inflação e crescimento de consumo sazonal, considerando o comportamento dos brasileiros durante as celebrações de Santo Antônio, São João e São Pedro.
Esse valor deve circular principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde as festas tradicionais de São João atraem grande público e incentivam atividades locais. A movimentação econômica vai além da venda de produtos: envolve também serviços temporários e atividades culturais que geram emprego e renda.
Comércio local impulsiona a economia das festas juninas
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) destaca que o varejo alimentício lidera o movimento nas semanas que antecedem os festejos. Supermercados, mercearias e atacadistas recebem mais clientes, tanto consumidores finais quanto organizadores de eventos, como escolas e igrejas.
Além disso, o setor de vestuário cresce com a venda de roupas típicas, tecidos xadrez, chapéus e acessórios usados nas celebrações. A confecção artesanal também se fortalece, com costureiras e pequenos empreendedores aproveitando a demanda sazonal, contribuindo para a economia no período das festas juninas.
Participação popular movimenta turismo e serviços
Segundo dados do setor de pesquisas de consumo, cerca de 65% dos brasileiros participam das festividades. A maioria celebra as festas juninas em sua própria cidade, mas uma parcela viaja para municípios com festas maiores, o que movimenta a economia, o turismo e o setor hoteleiro.
Associações do setor de turismo apontam que cidades do Nordeste recebem grande fluxo de visitantes em junho. Isso favorece hotéis, restaurantes, transporte e serviços locais. Em destinos como Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), as festas duram semanas e funcionam como motor econômico da temporada.
A economia nas festas juninas: Informais e microempreendedores também se beneficiam
As festesjos representam uma fonte importante de renda para trabalhadores informais. Vendedores ambulantes, cozinheiros, costureiras e pequenos comerciantes aproveitam a ocasião para aumentar seus ganhos. Parte dessa renda é usada para quitar dívidas, pagar despesas básicas ou reinvestir em pequenos negócios.
Segundo a Federação do Comércio, as festas juninas fortalece a economia informal e, ao mesmo tempo, evidencia a necessidade de incentivo à formalização e ao empreendedorismo local. O estímulo à criação de pequenos negócios com foco nas festas pode gerar impactos positivos duradouros.
Inovação pode ampliar resultados das festas juninas
Entidades do varejo e do setor digital defendem o uso de tecnologias para ampliar os resultados econômicos das festas. Ferramentas digitais como geolocalização, análise de dados de consumo e campanhas segmentadas ajudam empresas a atender melhor seus públicos.
As feiras juninas podem se beneficiar de soluções simples, como pagamentos por aproximação, cardápios digitais e comunicação por redes sociais, contribuindo para a economia na região. A ambientação dos espaços e a oferta de experiências autênticas são diferenciais para atrair visitantes.
Paralelamente, o uso de marketing de influência com figuras locais e a criação de conteúdos digitais ajudam a divulgar os eventos e atrair mais público. Segundo entidades do setor de tecnologia, essa combinação entre tradição e inovação pode aumentar a movimentação econômica anual.









