Em uma operação que sinaliza a reestruturação da sua frente de inovação, o Itaú Unibanco incorporou a Kinea Ventures e criou uma nova estrutura de Corporate Venture Capital (CVC) com capital inicial de R$ 500 milhões. A operação marca a consolidação de uma governança mais centralizada para os investimentos em startups, agora diretamente conectada ao núcleo estratégico do banco.
Ao internalizar a estrutura da Kinea Ventures, o Itaú ganha agilidade para identificar sinergias com startups em áreas como crédito, tecnologia financeira, inteligência de dados e ESG.
CVC busca eficiência e integração ao portfólio do banco
O novo fundo visa startups com alto potencial de integração às soluções do grupo. Segundo Carlos Constantini, CEO da nova unidade, os aportes devem variar entre R$ 5 milhões e R$ 25 milhões, com foco em rodadas seed e série A. A operação, com o Itaú incorporando a Kinea Venture, insere o banco entre os grupos financeiros com maior volume dedicado a inovação via CVC no Brasil.
Esse formato reduz distâncias operacionais entre investidas e áreas internas do banco, favorecendo processos de integração, testes de conceito e go-to-market em escala. É uma resposta direta ao avanço de concorrentes digitais e à necessidade de renovação do core bancário com soluções externas.
Incorporação da Kinea Ventures fortalece atuação via Itaú BBA
Com a incorporação da Kinea Ventures, a gestão do fundo será feita pelo Itaú BBA, integrando a estrutura de wealth e investimentos. Essa escolha aponta para uma leitura estratégica: os clientes institucionais e de alta renda também se beneficiam de um ecossistema inovador e dinâmico, reforçando a tese de que inovação se tornou elemento central no modelo de negócios do banco.
Itaú incorpora Kinea alinhado à tendência do CVC no Brasil
O Corporate Venture Capital (CVC) no Brasil permite que grandes corporações invistam em startups tecnológicas, buscando retorno financeiro e sinergias. Foi nesse sentido que o Itaú incorporou a Kinea Ventures.