A história do Mappin é um retrato emblemático da transformação do varejo brasileiro. Durante boa parte do século XX, entrar no Mappin era como adentrar um palácio do consumo. Seus seis andares, vitrines luxuosas e corredores movimentados marcaram a elite de São Paulo — até o dia em que tudo ruiu.
Os primeiros capítulos da história do Mapping
- 1775: A origem da história do Mappin remonta à Inglaterra, com Jonathan Mappen e sua oficina de pratarias finas. Com o passar das décadas, a empresa cresceu como Mapen Web e iniciou a expansão internacional;
- 1912: Os irmãos Walter e Ebert Mappen chegaram ao Brasil e fundaram as primeiras filiais;
- 1913: Nascia no país a primeira loja de departamentos, marco importante na história do Mappin e do varejo nacional;
- 1919: A rede se instalou na tradicional Praça do Patriarca, com 34 departamentos;
- 1922: Um incêndio quase decretou o fim precoce da marca.
- No entanto, a liquidação histórica que se seguiu democratizou o acesso da classe média às lojas, consolidando a história do Mappin como símbolo de consumo acessível no Brasil.
O Mappin como experiência: luxo, arte e inovação
O legado da história do Mappin vai além das compras. Ali, clientes encontravam barbearia, restaurante, salão de chá e eventos culturais. Em 1936, Alfred S. assumiu o controle da empresa. Três anos depois, em 1939, inaugurou o icônico prédio na Praça Ramos de Azevedo. O edifício tinha seis andares e mais de 50 departamentos. Além disso, foi palco da primeira exposição de Anita Malfatti. A história do Mappin se entrelaça com a modernização do centro de São Paulo.
Do crédito ao auge bilionário na história do Mappin
- 1964: Criação da Companhia Financiadora Mappin, marco na história da empresa.
- Inovou ao permitir o parcelamento em até 10 vezes sem juros, o que impulsionou o consumo;
- 1972: Abertura de capital na bolsa de valores, fortalecendo a expansão da empresa;
- Anos 1980:
- 97% dos paulistanos conheciam a marca.
- 67% já haviam comprado no Mappin.
- A empresa consolidava sua presença na história do varejo nacional.
Queda do Mappin – Linha do tempo dos fatos finais
- 1996: Ricardo Mansur comprou o Mappin por R$ 25 milhões;
- 1995: Faturamento alcançou R$ 1 bilhão, mas…Margens começaram a cair e os custos operacionais subiram;
- 1997: Adquiriu também a Mesbla e tentou fundir as duas redes. A fusão falhou, com problemas operacionais e estoques parados;
- 1999: Foi descoberto um rombo de R$ 400 milhões no Banco Crefisul, também controlado por Mansur. O Banco Central interveio diante da fraude financeira. A dívida acumulada chegou a R$ 1,2 bilhão. Em Julho do mesmo ano, a falência foi decretada e a história do Mappin chegou ao fim.
Desdobramentos judiciais na história do Mappin
Mesmo após a falência, a história do Mappin seguiu marcada por investigações e escândalos. Os processos judiciais revelaram fraudes milionárias que agravaram ainda mais os prejuízos aos credores da massa falida:
- 2011: Ricardo Mansur, ex-controlador da rede, foi condenado a 11 anos e meio de prisão por gestão fraudulenta no Mappin;
- 2014: Uma ex-funcionária foi condenada a devolver R$ 3,5 milhões, desviados por meio de guias falsas supostamente destinadas ao pagamento de credores;
- 2016: O Ministério Público denunciou 15 pessoas por crimes cometidos entre 2009 e 2012, que causaram prejuízo de quase R$ 1,65 milhão.
- Entre os envolvidos, havia uma funcionária do Poder Judiciário e familiares.
- O grupo fraudava o sistema do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, expedindo falsos mandados de levantamento judicial para desviar dinheiro público.
Confira mais detalhes sobre a história do Mapping no vídeo abaixo:
Esses episódios mostram como a história do Mappin continuou influenciando o noticiário por anos, revelando lacunas no sistema de falências e na fiscalização de processos no Brasil.
O legado da história do Mappin sobrevive
Mesmo após a falência, a história do Mappin continua viva no imaginário brasileiro. Em 2010, o Grupo Marabraz comprou a marca por R$ 5 milhões. Em 2019, relançou a marca como e-commerce focado em móveis. Ainda assim, o prédio da Praça Ramos permanece fechado — tombado e silencioso. Ele representa um tempo em que o Mappin não era apenas uma loja, mas um símbolo de sofisticação, inovação e acesso ao consumo.
A história do Mappin pode servir de exemplo para muitos empresários que podem aprender com o erro de outros.









