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Confiança empresarial tem maior queda em dois anos, aponta FGV

A confiança empresarial no Brasil caiu, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em junho, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) teve uma queda de 1,7 ponto, refletindo incertezas no setor produtivo. A confiança permanece abaixo do nível neutro de 100 pontos, mesmo com expectativas de cortes na taxa Selic. Descubra como esses fatores impactam a economia.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), divulgado nesta segunda-feira (01/07) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou retração de 1,7 ponto em junho, alcançando 92,5 pontos. A confiança empresarial em junho teve a maior queda mensal desde junho de 2023, quando o indicador recuou 2,2 pontos, refletindo um cenário de incertezas no setor produtivo.

O índice agrega dados da indústria, serviços, comércio e construção. Para Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), o resultado reflete a piora na percepção da situação atual e o aumento da cautela sobre os próximos meses.

“Serviços e comércio foram os principais vetores de queda”, afirmou.

Serviços e comércio puxam queda da confiança empresarial em junho

O Índice da Situação Atual (ISA-E) caiu 2,4 pontos, chegando a 90,6. Já o Índice de Expectativas (IE-E) teve recuo de 1,2 ponto, atingindo 94,6. Apesar do resultado negativo geral, a indústria mostrou leve recuperação, impulsionada por uma melhora nas projeções futuras.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da indústria caiu de 81,5% para 80,6%, revelando aumento na ociosidade do setor. Esse cenário reforça a fragilidade da retomada econômica diante de juros ainda elevados, crédito restrito e consumo desacelerado.

Empresariado mantém cautela apesar de perspectivas positivas

Mesmo com a expectativa de cortes na taxa Selic nos próximos meses, a confiança empresarial em junho permaneceu abaixo dos 100 pontos — nível considerado neutro. Para Tobler, “a economia ainda enfrenta desafios para consolidar uma trajetória de crescimento mais consistente”.

O governo terá como desafio reverter a queda da confiança empresarial nos próximos meses com medidas que ampliem previsibilidade e incentivo à produção. Isso passa por ajustes fiscais, redução dos juros e avanço em reformas. Sem esse equilíbrio, o indicador pode seguir abaixo do neutro, travando investimentos no segundo semestre.

Na última semana, a Michelin no Brasil decidiu encerrar as atividades de sua unidade na cidade de Guarulhos, em São Paulo. Conforme matéria do Economic News Brasil, o motivo foi a alta concorrência com produtos importados.

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