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Prisão de suspeito do ataque hacker ao SPB mobiliza setor bancário

Um ataque hacker ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) levou à prisão de um suspeito em São Paulo por compartilhar sua senha e causou um desvio de R$ 800 milhões. O Banco Central suspendeu a conexão com a empresa intermediária, e especialistas alertam para falhas de segurança e a necessidade urgente de novas diretrizes para proteger o sistema financeiro brasileiro.
Prisão de suspeito do ataque hacker ao SPB sendo conduzido por policiais
Conforme a Polícia Civil, o suspeito trabalhava para uma empresa terceirizada contratada pelo Banco Central. (Foto: Reprodução)

A prisão de suspeito do ataque hacker ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) gerou reações imediatas entre instituições financeiras e o Banco Central. João Nazareno Roque foi preso na quinta-feira (03/07), acusado de permitir o acesso de hackers aos sistemas da C&M Software, empresa que intermedeia operações com o BC. Nesse sentido, a investigação foi conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Prisão de suspeito do ataque hacker expõe falhas internas

Segundo a Polícia Civil, o suspeito era funcionário de uma empresa terceirizada do Banco Central. Durante o depoimento, ele admitiu ter compartilhado suas credenciais e autorizado o uso de seu computador pessoal. Como resultado, os hackers conseguiram acessar sistemas do Pix e outras operações do SPB. Estima-se que até R$ 800 milhões tenham sido desviados. Além disso, os investigadores conseguiram bloquear R$ 270 milhões em uma única conta vinculada ao esquema.

Bancos reagem à prisão de suspeito do ataque hacker

Pelo menos seis instituições financeiras foram impactadas, incluindo BMP, Credsystem e Banco Paulista. Essas empresas utilizavam a C&M Software como integradora nas transações do SPB. A BMP informou que os valores desviados estavam em conta de reserva, ou seja, sem prejuízo direto para os clientes. Por consequência, o Banco Central suspendeu temporariamente a conexão da C&M com o sistema, embora parte das operações tenha sido retomada após medidas emergenciais.

Prisão revela ataque por cadeia de suprimentos

De acordo com especialistas da IAM Brasil, o caso configura um ataque à cadeia de suprimentos, no qual os criminosos exploram a confiança entre bancos e fornecedores de tecnologia. Ainda segundo a análise, a invasão foi realizada em quatro etapas: roubo de senhas, mapeamento interno, exploração de sistemas e execução de transações em alta velocidade. Para dificultar o rastreamento, parte dos valores pode ter sido convertida em criptoativos.

Prisão de suspeito do ataque hacker acelera mudanças no SPB

Como desdobramento direto do caso, o Banco Central iniciou a revisão das normas de segurança da informação que regem o SPB. Entre as medidas em estudo estão a exigência de certificações obrigatórias para empresas integradoras, protocolos de autenticação mais robustos e responsabilização compartilhada entre instituições financeiras e prestadores de serviços. Além disso, cresce o apoio à criação de um protocolo nacional de cibersegurança bancária, que visa padronizar práticas e reduzir vulnerabilidades.

Simultaneamente, diversas instituições iniciaram auditorias internas e reavaliaram contratos com fornecedores. Dessa forma, o caso reforça a urgência de melhorias no compliance bancário e na prevenção de fraudes digitais. Portanto, a prisão de suspeito do ataque hacker pode marcar um ponto de inflexão nas políticas de segurança do sistema financeiro nacional.

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