Donald Trump ameaço o Brics ao anunciar, no último domingo (06/07) que os Estados Unidos irão impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que, segundo ele, se alinhar a “políticas antiamericanas” promovidas pelo bloco. A medida foi divulgada pelo presidente norte-americano, por meio da Truth Social, e entra em vigor em 1º de agosto.
A declaração em que Trump ameaça Brics ocorre no mesmo dia da divulgação da “Declaração do Rio de Janeiro”, documento conjunto dos membros do bloco. O texto defende o multilateralismo, critica ações unilaterais e propõe o fortalecimento de instituições como a ONU. Embora os Estados Unidos não sejam mencionados diretamente, o posicionamento é interpretado como resposta ao atual ambiente geopolítico.
Trump ameaça Brics após crítica a medidas unilaterais
Com o anúncio de que Trump ameaça Brics, cartas e termos tarifários começaram a ser enviados nesta segunda-feira (07/07), às 12h no horário de Washington. Todavia, as tarifas só entrarão em vigor no dia 1º de agosto, abrindo espaço para negociações bilaterais com países que busquem evitar as sobretaxas. A medida representa uma nova etapa da guerra comercial iniciada em abril.
Enquanto Trump ameaça Brics, diversos países ainda tentam fechar acordos com os Estados Unidos para escapar das tarifas que podem chegar a 50%. Apenas Reino Unido e Vietnã conseguiram pactos limitados. Assim, a suspensão temporária das sanções termina em 9 de julho, e potências como Japão, Índia, Coreia do Sul e a União Europeia correm para apresentar concessões.
O trecho mais incisivo da declaração do Brics afirma que o grupo tem “sérias preocupações com o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais”. O conteúdo foi divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que lidera o bloco desde 1º de janeiro de 2025.
Brics reage à escalada e defende nova ordem global
O Brics também condenou ataques contra Irã e Rússia, defendeu a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967 e pediu o fim da violência em Gaza. Dessa forma, em resposta, a China declarou que tarifas “não servem a ninguém”. A Rússia reforçou que a cooperação do bloco não é dirigida contra terceiros, e a África do Sul defendeu um “multilateralismo reformado”.
Enquanto Trump ameaça Brics, a disputa comercial evolui para um novo estágio de tensões diplomáticas e reposicionamento global.
