Em resposta ao domínio chinês sobre minerais estratégicos, os Estados Unidos iniciaram um ambicioso investimento do Pentágono em terras raras, envolvendo bilhões de dólares e parceria direta com a MP Materials. O projeto tem como meta garantir autonomia industrial e tecnológica, afastando riscos à segurança nacional.
Conforme publicado nesta sexta-feita (11) pelo Wall Street Journal, o investimento do Pentágono em terras raras contempla a aquisição de 15% da MP Materials e a construção de uma nova planta industrial com capacidade ampliada. A previsão é que a fábrica entre em operação em 2028. A produção será focada em ímãs industriais, indispensáveis para turbinas eólicas, carros elétricos, jatos de combate e sistemas de mísseis.
Investimento do Pentágono em terras raras muda o eixo da indústria global
Com as exportações de terras raras concentradas na China, episódios recentes de restrição levaram à paralisação de fábricas como a da Ford. O investimento do Pentágono em terras raras busca interromper essa dependência. Para isso, o acordo inclui garantias de fornecimento, proteção contra dumping e piso de preços.
O Departamento de Defesa dos EUA atua diretamente na operação, classificando o setor como crítico. Apesar de uma trégua comercial com Pequim em junho, o temor de novas sanções e embargos persiste. Por isso, o pacote firmado garante suprimento doméstico estável e estimula a formação de uma cadeia 100% americana.
A MP Materials não divulgou valores, mas classificou o projeto como estratégico de longo prazo. O investimento do Pentágono em terras raras marca um ponto de inflexão na disputa por controle de tecnologias sensíveis entre as duas maiores potências globais.
O que são terras raras?
No contexto do investimento do Pentágono em terras raras, trata-se de um grupo de 17 elementos químicos usados em tecnologias avançadas — de smartphones a armas. O processamento é complexo e dominado por empresas chinesas.
O que é o Pentágono?
O Pentágono é a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. A instituição lidera políticas estratégicas de segurança, energia e inovação, sendo decisiva para a indústria bélica e tecnológica americana. Suas decisões influenciam diretamente cadeias produtivas críticas e o posicionamento geopolítico dos EUA.