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Exportações brasileiras para os EUA caem 50% desde 2001

As exportações do Brasil para os EUA caíram 50% desde 2001, refletindo uma mudança no comércio. Enquanto as importações aumentaram, o Brasil enfrenta um déficit de US$ 16,8 bilhões. Em 2025, os principais produtos exportados serão petróleo e café, mas a dependência de commodities de baixo valor diminui a competitividade. O Itamaraty sugere modernizar acordos e diversificar exportações.
Volume exportações brasileiras para os EUA.

Durante mais de duas décadas, os Estados Unidos figuraram como o principal destino das exportações brasileiras. No entanto, o volume das exportações brasileiras para os EUA encolheram pela metade desde 2001, segundo dados atualizados da Agência Brasil com base no Icomex, estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. O declínio revela uma transformação na geografia do comércio exterior, com o Brasil cada vez menos dependente do mercado norte-americano como destino exportador.

Exportações brasileiras para os EUA não acompanham ritmo das importações

Enquanto as exportações brasileiras para os EUA caíram, as importações mais que dobraram. Em 2001, o Brasil exportava US$ 25,4 bilhões para os EUA e importava US$ 12,8 bilhões. Já em 2024, os papéis se inverteram: foram US$ 36 bilhões exportados e US$ 52,8 bilhões importados, gerando um déficit de US$ 16,8 bilhões — o maior entre todos os parceiros comerciais do Brasil.

10 principais produtos exportados para os EUA em 2025

Mesmo com o recuo relativo, as exportações brasileiras para os EUA seguem lideradas por commodities e bens industriais específicos. Veja a lista dos 10 produtos mais vendidos de janeiro a junho de 2025:

  • Petróleo bruto: US$ 2,378 bilhões
  • Semiacabados de ferro e aço: US$ 1,518 bilhão
  • Café: US$ 1,172 bilhão
  • Aeronaves: US$ 876 milhões
  • Derivados de petróleo: US$ 830 milhões
  • Sucos de frutas (principalmente laranja): US$ 743 milhões
  • Carne bovina: US$ 738 milhões
  • Ferro fundido: US$ 683 milhões
  • Celulose: US$ 671 milhões
  • Escavadoras, pás mecânicas e compressores: US$ 568 milhões

Déficit comercial reforça argumento brasileiro em negociações

Diante do déficit nas exportações brasileiras para os EUA, o governo adotou uma nova abordagem nas negociações. Por isso, o Itamaraty passou a destacar que o Brasil compra muito mais dos norte-americanos do que vende. Assim, esse desequilíbrio serve como argumento legítimo contra as tarifas de 50%, agora em vigor. A meta é reequilibrar o comércio e ampliar o acesso a bens industrializados brasileiros no mercado dos EUA.

Para justificar o aumento das tarifas, economistas dizem que Donald Trump misturou política com economia.

Brasil amplia horizontes com menos dependência dos EUA

Ao mesmo tempo, a queda nas exportações brasileiras para os EUA revela uma transição estratégica. O país reduziu sua dependência dos americanos como destino prioritário. Além disso, aumentaram as vendas para Ásia, Europa e América Latina, fortalecendo a diversificação comercial. Com isso, o Brasil amplia suas possibilidades de negociação externa e abre novos espaços para produtos com maior valor agregado em mercados alternativos.

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