As tarifas dos EUA contra o Brasil transformaram a diplomacia econômica em prioridade. Com sanções tarifárias de até 50% sobre produtos nacionais, o governo federal adotou uma resposta coordenada, envolvendo agro, indústria e instrumentos legais de retaliação comercial.
Primeiros encontros do comitê interministerial
Nesta terça (15/07), ocorrem os primeiros encontros do comitê interministerial criado para enfrentar as tarifas dos EUA contra o Brasil. Dessa forma, liderado por Geraldo Alckmin, o grupo ouvirá representantes da indústria às 10h — focando setores como aço, alumínio, celulose, máquinas e aviação. Às 14h, será a vez dos produtos agroexportadores: carnes, frutas, suco de laranja, mel, couro e pescados. Além disso, outros participantes devem ser anunciados em breve.
Decreto fortalece resposta das tarifas dos EUA contra o Brasil
Ainda nesta segunda-feira, será editado um decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica. Dessa forma, o país se prepara para responder com medidas simétricas, caso as tarifas dos EUA contra o Brasil sejam mantidas. O avanço reforça a segurança jurídica da política tarifária brasileira no contexto da guerra comercial.
Comitê empresarial negociará diretamente com os EUA
Além da estrutura técnica, o governo criará um comitê conjunto com empresários. A proposta é simples: unir o setor produtivo e o Estado numa frente ativa de diálogo com a gestão de Donald Trump. Assim, o Brasil pretende influenciar diretamente as decisões sobre as relações comerciais Brasil-EUA.
Com foco na proteção ao comércio exterior, o governo já estuda rotas alternativas para exportações brasileiras. Essas ações visam reduzir a exposição aos EUA e preservar os resultados da balança comercial.
Diplomacia econômica contra tarifas dos EUA no Brasil
Segundo Alckmin, ouvir o setor produtivo é essencial antes de qualquer ação. Por isso, estão sendo preparadas missões diplomáticas ao Congresso dos EUA. Assim, o objetivo é reverter as tarifas dos EUA contra o Brasil por meio de diálogo e acordo bilateral, evitando uma escalada de medidas protecionistas.
Déficit com os EUA é o maior entre os parceiros
Em 2024, o Brasil exportou US$ 36 bilhões aos EUA e importou US$ 52,8 bilhões — um déficit de US$ 16,8 bilhões que ampliou a vantagem comercial norte-americana.
O volume das exportações brasileiras para os EUA encolheram 50% desde 2001.