A busca e apreensão administrativa é uma prática que ainda causa dúvidas entre consumidores brasileiros. Trata-se de um modelo de cobrança extrajudicial em que empresas tentam recuperar veículos financiados por meio de um acordo direto, evitando o processo judicial. O ponto central é que isso só pode ocorrer com a autorização expressa do devedor.
Diferente da ação judicial tradicional, a busca e apreensão administrativa se apoia no diálogo. O objetivo é facilitar a entrega voluntária do veículo como alternativa à judicialização da dívida, evitando transtornos e custos adicionais para ambas as partes envolvidas.
Busca e apreensão administrativa só ocorre com consentimento
A busca e apreensão administrativa é viável somente se o consumidor aceitar devolver o bem. Esse processo pode ser formalizado via cartório ou Detran, a depender da legislação estadual.
Segundo o Francisco Rabello, do Grupo KSL, “essa ação só pode ser feita com o consentimento do consumidor. Caso contrário, o outro caminho é a Justiça”.
É importante reforçar: a tentativa de recuperar o veículo deve respeitar os limites legais. Qualquer forma de coação, ameaça ou invasão de domicílio é ilegal. A abordagem deve seguir os princípios da boa-fé e transparência.
Entrega voluntária do veículo pode ser vantajosa
Em muitos casos, aceitar a busca e apreensão administrativa pode representar uma solução mais econômica. Ao evitar o trâmite judicial, o consumidor pode se livrar de custas processuais e manter o nome limpo, facilitando acordos com condições mais acessíveis.
Essa forma de recuperação amigável do bem também preserva o histórico financeiro do cliente e evita a incidência de encargos adicionais. Ainda assim, a recomendação é sempre buscar orientação jurídica antes de tomar qualquer decisão definitiva.
Negociar pode preservar crédito e relacionamento
A busca e apreensão administrativa também interessa aos credores, pois reduz os custos operacionais e agiliza a resolução do débito. Edemilson Koji Motoda, diretor do Grupo KSL, destaca que “a busca e apreensão é sempre a última alternativa. Nosso foco está no diálogo e na negociação”.
Com isso, a empresa evita o desgaste judicial e mantém um vínculo saudável com o consumidor. Soluções humanizadas reforçam o respeito mútuo e contribuem para a sustentabilidade do sistema de crédito no país.